Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez nesta terça-feira (19) o seu primeiro discurso em uma Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele afirmou que vai “destruir totalmente” a Coreia do Norte caso não tenha outra escolha.
Trump, que chamou o regime do ditador Kim Jong-un de “depravado”, afirmou que “é hora da Coreia do Norte aceitar que a desnuclearização é o único futuro possível”. Ele também agradeceu à China e à Rússia por terem votado a favor de impor sanções contra o país, após um teste nuclear realizado neste mês.
Trump ainda afirmou que a comunidade internacional deve “fazer mais” contra a Coreia do Norte. “É hora de as nações trabalharem juntas para isolar o regime de Kim até que ele cesse seu comportamento hostil”, afirmou, chamando o comportamento do ditador de “missão suicida”.
Em sua fala, que durou 41 minutos, Trump disse que o desenvolvimento de mísseis balísticos e armas nucleares por parte da Coreia do Norte “ameaça o mundo todo”. Em uma crítica velada à China, o presidente declarou: “É um ultraje que algumas nações não só façam comércio com esse regime, mas forneçam armas, suprimentos e apoio financeiro a um país que põe o mundo em risco”.
Apenas um diplomata da delegação norte-coreana ficou dentro da sala enquanto Trump fazia seu discurso. Ja Song Nam, embaixador da Coreia do Norte na ONU, foi visto saindo do local antes da fala do líder norte-americano.
Em seu discurso, Trump também foi categórico ao dizer que vai defender os interesses dos Estados Unidos acima de tudo. “Todos os líderes tem a obrigação de servir os seus cidadãos”, afirmou, pedindo que os países-membros da ONU trabalhem em conjunto e em harmonia, mas enfatizando que os Estados Unidos não vão permitir que outros “tirem vantagem” do país.
Trump defendeu uma política externa norte-americana focada em reduzir burocracias globais, baseando alianças em interesses compartilhados. O mandatário enfatizou, em sua fala, os tempos “perigosos” e as novas ameaças que o mundo vive, ao afirmar que os terroristas e extremistas chegaram a todos os cantos do planeta. Trump também fez uma crítica aos regimes “desonestos”, que apoiam o terrorismo e ameaçam outros países, sem mencionar diretamente nenhuma nação. “Nações soberanas permitem que as pessoas tenham controle do seu próprio destino”, declarou.
Críticas
Trump criticou a ONU em diversas ocasiões, especialmente durante a sua campanha eleitoral à Casa Branca. “Onde se vê as Nações Unidas? Alguma vez consertaram algo? É só como um jogo político”, disparou Trump em um comício no ano passado. O republicano também é contrário ao “tratamento que ONU destina a Israel”, especialmente no que tange os assentamentos.