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Mundo O presidente eleito da Argentina criticou os Estados Unidos por sua reação à saída de Evo Morales da Presidência da Bolívia

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Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. (Foto: Reprodução/Twitter/@alferdez)

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, criticou nesta terça-feira (12) a postura dos Estados Unidos em relação ao conflito político na Bolívia, que levou o líder de esquerda Evo Morales a renunciar sob pressão e pedir asilo no México. As informações são da agência de notícias Reuters.

Fernández, um peronista de centro-esquerda, também atacou a Organização dos Estados Americanos (OEA), que disse em uma auditoria sobre a votação de 20 de outubro, vencida por Morales, que o resultado deveria ser anulado devido a “irregularidades”.

Na minha opinião, os Estados Unidos regrediram décadas. Eles voltaram aos maus tempos dos anos 70”, disse Fernández a uma rádio local, acrescentando que o país está “garantindo intervenções militares contra governos populares eleitos democraticamente”.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, saudou a saída de Morales como algo bom para a democracia, uma visão que se chocou com a de líderes de esquerda da região – inclusive a de Fernández, que apoiou Morales e disse que ele foi vítima de um golpe.

Morales, que foi o primeiro presidente indígena da Bolívia, insistiu em pleitear um quarto mandato, afrontando os limites de mandato e um referendo de 2016 no qual os bolivianos votaram contra tal possibilidade.

Ele anunciou sua renúncia no domingo, depois de semanas de protestos contra a eleição de outubro, e o relatório da OEA deu ensejo a um dia dramático em que aliados desertaram e os militares o pressionaram a sair para ajudar a restaurar a calma.

Fernández assume o comando da terceira maior economia da América Latina em dezembro no lugar do conservador pró-mercado Mauricio Macri, que teve um relacionamento próximo com Washington e Trump.

Fernández ainda disse à Rádio 10 que a auditoria da OEA foi “fraca” e que seus resultados foram manipulados.

Vácuo de poder

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales pousou no México nesta terça-feira prometendo que vai continuar na política, enquanto em seu país as forças de segurança continham tumultos causados pela renúncia do líder de esquerda e oponentes buscavam um substituto interino para preencher um vácuo de poder.

Agradecendo ao governo do México por “salvar minha vida”, Morales chegou para pedir asilo na nação e repetiu a acusação de que seus rivais o depuseram com um golpe depois que a violência irrompeu na esteira de uma eleição contestada no mês passado.

Enquanto eu estiver vivo, continuaremos na política”, disse Morales aos repórteres em comentários breves depois de desembarcar de um avião e ser recebido pelo ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard.

Morales defendeu seu tempo no governo e disse que, se tem culpa de algum crime, é de ser indígena e “anti-imperalista”.

Depois ele foi levado em um helicóptero militar, mostraram imagens de televisão. As autoridades mexicanas não disseram onde ele ficará, citando razões de segurança.

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