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Brasil O presidente Michel Temer define ofensiva contra a segunda denúncia que deve ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot

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Após deixar o cargo de PGR, Janot atuará como subprocurador. (Foto: Felipe Sampaio/STF)

O presidente Michel Temer começou a definir estratégia para tentar enfraquecer a denúncia que deve ser apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por obstrução de Justiça.

Ele tem tratado do tema com integrantes de sua defesa e discutiu o assunto com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, em jantar no domingo (06) não registrado na agenda oficial do presidente.

O tema oficial era a reforma política, mas a atuação do chefe do Ministério Público Federal foi debatida. A intenção do peemedebista é desqualificar a atitude de Janot, acusando-o de “perseguição política”, segundo pessoas próximas, e evitar que seu nome seja incluído no inquérito do chamado “quadrilhão”, que investiga integrantes do PMDB.

A Câmara barrou na semana passada a denúncia da PGR por corrupção passiva contra Temer. Janot pediu, então, ao ministro Edson Fachin, do STF, que transfira a apuração de organização criminosa contra Temer do inquérito da JBS, sobre obstrução da Justiça, para o que envolve demais políticos do PMDB.

A presença de Temer neste segundo inquérito é fundamental para que Janot configure a obstrução, apontada pela PGR no áudio em que ele, na interpretação dos investigadores, dá aval para Joesley Batista comprar o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso no Paraná.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada na segunda-feira (07), Janot indicou que deve denunciar o presidente por obstrução, mas que para isso depende da comprovação da atuação de Temer em organização criminosa no exercício do mandato presidencial.

Os advogados do presidente já pediram a Fachin que negue a inclusão de Temer no inquérito do “quadrilhão”. Avaliam apresentar um agravo regimental ao plenário do Supremo caso a decisão seja desfavorável a Temer. Mendes negou que tenha discutido o assunto com o presidente, mas o peemedebista expôs ao ministro sua estratégia para se contrapor a Janot e ficar de fora do inquérito. Em outra frente, a defesa de Temer deve pedir a suspeição do procurador-geral para que ele não possa mais atuar em iniciativas contra o peemedebista, sob a alegação de que falta isenção a Janot.

A expectativa é de que a nova denúncia seja entregue até o começo de setembro, o que coincide com o cronograma de votação do primeiro turno da reforma previdenciária. Janot ficará no cargo até o dia 17 do mês que vem. Com a sua saída, Temer cogita ainda processá-lo. Ele citou essa intenção na conversa com Mendes.

O Planalto considera que o fim do mandato de Janot será um divisor de águas, uma vez que julga que ele atua politicamente contra o presidente e que sua sucessora, Raquel Dodge, terá uma atuação mais ponderada no cargo.

Ataques

Temer irá intensificar o embate com o procurador-geral e reforçará que a nova denúncia está “contaminada politicamente”, segundo palavras de um assessor. As críticas virão principalmente da tropa de choque do governo no Congresso.

O discurso de deputados e senadores da base aliada será o de que o chefe do MPF persegue o presidente e atua de maneira acelerada com a iminência do fim de seu mandato. De maneira indireta, Temer pretende, em discursos públicos, ressaltar a ideia de que a PGR tem como objetivo prejudicar o País, evitando que a economia se recupere.

Enquanto a denúncia não é apresentada, o presidente quer vender a ideia de que uma nova acusação não irá tirá-lo do cargo, uma vez que ele já demonstrou que tem força e apoio para barrá-la. No esforço de se fortalecer para uma nova votação, ele irá agilizar a troca de cargos no segundo e terceiro escalões, retaliando os deputados governistas que o traíram e premiando aqueles que lhe foram fiéis. (Folhapress)

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