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Mundo O presidente turco pediu que a Arábia Saudita revele quem deu a ordem para matar jornalista dentro de consulado

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Jamal Khashoggi desapareceu em 2 de outubro, depois de entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul. (Foto: Reprodução)

O presidente turco Tayyip Erdogan pediu nesta sexta-feira (26) que a Arábia Saudita revele quem deu a ordem para matar o jornalista Jamal Khashoggi, assim como a localização de seu corpo, dizendo que a Turquia tem mais informações sobre o caso do que as que compartilhou até agora.

Erdogan também disse que Riad precisa revelar a identidade do “cooperador local” que autoridades sauditas disseram ter levado o corpo de Khashoggi depois que o jornalista foi assassinado no consulado saudita em Istambul no dia 2 de outubro.

A morte de Khashoggi desencadeou repreensão global e se transformou em uma crise para o maior exportador de petróleo do mundo e para o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, líder de fato do reino.

“Quem deu a ordem?”, disse Erdogan em discurso para membros de seu partido AK, em Ancara. “Quem deu a ordem para que 15 pessoas viessem à Turquia?”, afirmou, em referência a uma equipe de segurança de 15 membros que a Turquia disse ter ido a Istambul apenas horas antes do assassinato.

Na quinta-feira (26), o promotor público da Arábia Saudita afirmou que o assassinato do jornalista foi “premeditado”, mudando a versão oficial do reino para o crime contra o dissidente. Inicialmente, quando a Turquia divulgou o desaparecimento do jornalista, Riad disse que ele tinha saído do edifício.

Depois, sob pressão internacional, confirmou a morte, mas afirmou que foi resultado de uma briga com agentes sauditas que haviam ido a Istambul negociar sua volta ao reino, sem o conhecimento de Bin Salman. Erdogan também disse que o procurador-geral da Arábia Saudita irá se encontrar com o procurador de Istambul no domingo.

Entenda o caso

Khashoggi, colunista do jornal The Washington Post e crítico do poderoso príncipe herdeiro saudita, desapareceu em 2 de outubro, depois de entrar no consulado saudita em Istambul para obter documentos para casar.

Após uma onda de indignação mundial, o governo saudita admitiu no sábado (20) que Khashoggi morreu dentro do consulado depois de uma briga, versão que gera muito ceticismo. O presidente turco Tayyip Erdogan afirmou que há fortes sinais de que o assassinato foi planejado e de que ele foi morto de forma selvagem.

Riad nega qualquer envolvimento do príncipe herdeiro. Depois do pronunciamento de Erdogan, a Arábia Saudita anunciou que vai responsabilizar “quem quer que seja” pelo assassinato de Khashoggi e aqueles que falharam em suas funções. O presidente americano Donald Trump disse que o tratamento dado por Riad ao caso foi “o pior encobrimento de todos os tempos”.

Um comunicado informou que 18 cidadãos sauditas foram presos em decorrência do caso. Ahmed Al Asiri, chefe da inteligência saudita, e o conselheiro real Saud Al Qahtani foram retirados dos seus cargos. O rei Salman ordenou ainda a reestruturação do comando da agência geral de inteligência sob a supervisão do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, de acordo com a agência oficial da imprensa saudita.

Segundo a BBC, o jornalista esteve no consulado saudita em Istambul pela primeira vez em 28 de setembro para obter um documento certificando que havia se divorciado da ex-mulher, mas foi informado na ocasião de que teria que voltar outro dia.

Khashoggi marcou o retorno para 2 de outubro e chegou às 13h14min no horário local – o compromisso estava marcado para as 13h30min. Sua noiva ficou aguardando do lado de fora e, a pedido dele, ficou com seu telefone celular e a instrução de que deveria telefonar para um assessor do presidente da Turquia se ele não voltasse.

Hatice esperou por mais de dez horas fora do consulado e retornou na manhã do dia seguinte, uma quarta-feira, e Khashoggi ainda não havia reaparecido.

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