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Mundo O primeiro-ministro de Israel encurtou a sua viagem aos Estados Unidos após um foguete atingir os arredores de Tel Aviv

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Trump com Netanyahu nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução/Twitter)

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, teve de encurtar a sua viagem aos Estados Unidos após um foguete atingir os arredores de Tel Aviv. A duas semanas das eleições legislativas de 9 de abril —e a seis dias da chegada do presidente brasileiro Jair Bolsonaro—, um ataque na manhã de segunda-feira (25) no centro de Israel pode embaralhar as cartas da política nacional e levar a um novo conflito na faixa de Gaza.

O lançamento de um foguete deixou sete feridos e uma casa destruída numa comunidade 30 km ao nordeste de Tel Aviv, fazendo sirenes dispararem em toda a região do ataque

Ainda de manhã, militantes e líderes do Hamas deixaram bases do grupo para se esconderem em abrigos subterrâneos, na expectativa da reação israelense. A reação israelense começou por volta das 17h45 (12h45, horário de Brasília), 12 horas depois do primeiro ataque.

A Força Aérea israelense deslanchou ataques aéreos contra alvos do Hamas em diversos locais de Gaza. Um dos locais atingidos foi o escritório do líder do Hamas, Ismail Haniya.

Em seguida, os palestinos também passaram a lançar foguetes contra Israel. Um deles atingiu uma casa na cidade de Sderot.

Até o fim da noite de segunda, não foram registradas mortes, mas a situação pode escalar nas próximas horas, mesmo com o anúncio de um cessar-fogo mediado pelo Egito divulgado pela imprensa local. Israel não confirmou os relatos.

A trégua deveria começar às 22h (17h em Brasília), mas os ataques mútuos continuaram depois desse horário. Pressionado pelas recentes pesquisas eleitorais —que apontam vitória para seu principal rival—, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu encurtou a visita que fazia a Washington para voltar ao país.

Afinal, seu partido, o conservador Likud, disputa a reeleição com a aliança de centro Azul e Branco, encabeçada por três ex-chefes das Forças Armadas liderados pelo general da reserva Benny Gantz. Para Netanyahu, conhecido por apoiadores como “sr. Segurança”, é necessária uma demonstração de que pode continuar a proteger os cidadãos.

Nesse contexto, o encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, que aconteceu na tarde desta segunda, e o apoio do presidente brasileiro podem ajudar Netanyahu a abocanhar mais votos.

De Bolsonaro, Netanyahu espera um anúncio mais concreto sobre a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, medida que ainda não foi confirmada.

De Trump, o premiê recebeu o que esperava: o presidente americano reconheceu formalmente, por meio de decreto presidencial, as Colinas de Golã como parte de Israel, decisão polêmica imediatamente criticada pelo governo da Síria. Israel ocupa as colinas estratégicas desde 1967 e anexou unilateralmente a região em 1981.

Netanyahu disse ao presidente Trump que “Israel não tolerará o disparo de foguetes em seu território e fará o que for preciso para proteger seus cidadãos”.

A mando da cúpula política, o Exército israelense convocou reservistas e declarou a área no entorno da faixa de Gaza como “área militar fechada”, além de deslocar baterias antiaéreas do Domo de Ferro, um sistema de interceptação de foguetes, por todo o país.

O ataque começou às 5h20 (0h20 no horário de Brasília), quando um foguete de longo alcance lançado de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, atingiu uma casa no “​moshav” (pequena comunidade) Mishmeret, ao norte de Tel Aviv. O projétil viajou 120 km.

A escalada da tensão acontece poucos dias antes do Dia da Terra (1° de abril), data lembrada pelos palestinos com manifestações contra Israel. Desde o Dia da Terra de 2018, palestinos de Gaza —apadrinhados pelo Hamas— realizam protestos na fronteira com Israel e lançam balões ou pipas com material incendiário contra solo israelense.

Mas os protestos estão, aos poucos, voltando-se contra o próprio Hamas. Muitos palestinos têm saído às ruas de Gaza para se manifestar contra a situação econômica do território com 2 milhões de pessoas. O desemprego alcança mais de 60%, há falta de energia elétrica e de água. Quanto mais desafiadora a posição do Hamas contra Israel, mais essas dificuldades continuam.

Desde que o Hamas tomou o controle de Gaza, em 2007, Israel e Egito cortaram relações econômicas com o enclave. O boicote —chamado por muitos de bloqueio— levou a economia regional à situação atual.

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