Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de junho de 2018
Um robô experimental desenvolvido para ajudar astronautas foi lançado na manhã desta sexta-feira na Flórida, nos Estados Unidos, para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), da Nasa, a bordo de um foguete SpaceX.
Batizado de Cimon, ele foi desenvolvido como um “assistente baseado em Inteligência artificial” para astronautas e poderá se comunicar verbalmente em inglês. O robô pesa 5kg, e, em gravidade zero, irá flutuar graças a 14 ventiladores internos.
Esta é uma tentativa de descobrir se robôs e astronautas podem colaborar em funções no espaço.
“O que estamos tentando fazer com Cimon é aumentar a eficiência dos astronautas,” afirmou Matthias Biniok, engenheiro da IBM e um dos principais responsáveis pela arquitetura do robô, à Reuters. “Agora, nossa missão principal é apoiar os astronautas com suas tarefas diárias para economizar tempo, porque tempo é a coisa mais valiosa e cara na ISS.”
Cimon é equipado com microfones e câmeras, que vão ajudá-lo a reconhecer Alexander Gerst, o astronauta alemão com quem o robô vai trabalhar.
Um “botão offline” foi desenvolvido para Cimon, o que permite Gerst evitar ter um áudio seu transmitido para usuários na Terra durante momentos de privacidade.
Biologia celular
Também vai chegar à ISS uma pesquisa em biologia celular. A ideia é entender como a microgravidade afeta o crescimento, expressão gênica e capacidade de uma bactéria modelo transferir elétrons através de sua membrana celular ao longo dos nanofios bacterianos que produz. Tais bactérias poderiam ser usadas em células de combustível microbianas para produzir eletricidade a partir de material orgânico residual.
Além de um instrumento chamado ECOSTRESS (ECOsystem Spaceborne Thermal Radiometer Experiment na Space Station), que fornecerá uma nova medição baseada no espaço de como as plantas respondem a mudanças na disponibilidade de água. Esses dados podem ajudar a sociedade a gerenciar melhor o uso agrícola da água.
Fim de uma era
O lançamento também marcou a última jornada do propulsor do tipo “Block 4” do Falcon 9. Ao contrário do que geralmente faz, a empresa não vai tentar recuperá-lo depois do lançamento, sendo provável que suma nas profundezas do Oceano Atlântico. Esses propulsores são reutilizáveis, podendo ser resgatados e preparados para um futuro lançamento.