Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2017
Lançado ao espaço na última quinta-feira (4) a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o primeiro satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas está sendo configurado para entrar em operação. A primeira etapa a ser vencida é levar o satélite para a órbita final, a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfície da Terra. Até o fim desta semana, o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) será propulsionado para alcançar o posicionamento geoestacionário, em um processo gradual.
Caso tudo transcorra dentro da normalidade, a operação do SGDC será entregue à Telebras e ao Ministério da Defesa em meados de junho.
“Quando você lança um satélite geoestacionário, isso é feito em uma órbita de transferência, que chamamos de GTO. Hoje [segunda-feira, 8], ele está na segunda elevação dessa órbita e amanhã [terça-feira, 9] vai dar o último ‘tiro’. No perigeu [ponto mais baixo da órbita], está a 24 mil quilômetros da superfície. No apogeu, chega a 36 mil quilômetros”, explica o gerente de Projeto do SGDC, Mario Quintino.
Depois de posicionado na órbita final, todos os painéis solares serão abertos para carregar as baterias do SGDC, permitindo o funcionamento das antenas de comunicação do equipamento. Os dados de telemetria serão recebidos pela Thales Alenia Space, na Europa, pelo Centro de Operações Aeroespaciais, em Brasília, e pela Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro. Esse trabalho é acompanhado por engenheiros da Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer. A partir daí, equipes em terra vão enviar telecomandos para avaliar o funcionamento dos subsistemas do satélite.
O SGDC é o primeiro satélite geoestacionário brasileiro de uso civil e militar e recebeu 2,7 bilhões de reais em investimentos em uma parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações com o Ministério da Defesa.