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Brasil O procurador-geral, Rodrigo Janot, defendeu o acordo de delação feito com os donos da JBS. Os fatos eram graves e a Justiça jamais chegaria a esses resultados pela investigação convencional, disse ele

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Em suas memórias, Janot descreve a reação de políticos que passaram à condição de investigados. (Foto: Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta terça-feira a maneira como o MPF (Ministério Público Federal) conduziu as negociações do acordo de colaboração premiada dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS. Em artigo publicado no UOL, Janot enumera três argumentos, que segundo dele, pesaram na hora de conceder os benefícios aos empresários, livres de penas e do uso de tornozeleiras eletrônicas.

Segundo ele, “a gravidade de fatos, corroborados por provas consistentes que me foram apresentadas; a certeza de que o sistema de justiça criminal jamais chegaria a todos esses fatos pelos caminhos convencionais de investigação, a situação concreta de que, sem esse benefício, a colaboração não seria ultimada e, portanto, todas as provas seriam descartadas”, foram as premissas de sua decisão, respondidas “na solidão” de seu cargo.

Para o procurador, sem a delação dos empresários, o País seria ainda mais lesado. E reforça, questionando, o fato do envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a visita de Joesley ao presidente Michel Temer tarde da noite e a apresentação de contas correntes de dois ex-presidentes no exterior, pesar ainda mais para a gravidade do caso.

“Quanto valeria para a sociedade saber que a principal alternativa presidencial de 2014, enquanto criticava a corrupção dos adversários, recebia propina do esquema que aparentava combater e ainda tramava na sorrelfa para inviabilizar as investigações?”.

“Até onde o País estaria disposto a ceder para investigar a razão pela qual o presidente da República recebe, às onze da noite, fora da agenda oficial, em sua residência, pessoa investigada por vários crimes?”.

Janot inicia o texto dizendo que após três anos de Lava-Jato seria “difícil conceber que algum fato novo ainda fosse capaz de testar tão intensamente os limites das instituições”. (AG)

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