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Brasil O Produto Interno Bruto da construção civil do Brasil recua pelo segundo ano consecutivo com a paralisação das atividades de grandes construtoras envolvidas em esquemas de corrupção

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Obras da ferrovia Norte-Sul. (Foto: AE)

Os efeitos da recessão, que travou investimentos e a demanda, e das investigações da Lava-Jato, que paralisaram as atividades de grandes construtoras envolvidas em esquemas de corrupção, fizeram com que a geração de riquezas do setor de construção civil, indicador semelhante ao PIB, recuasse pelo segundo ano seguido, em 2015. É o que mostra a mais recente Pesquisa da Indústria de Construção Civil (Paic), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira.

Depois de recuar 9,6% em 2014, primeiro ano da Lava-Jato e da crise econômica, a geração de riquezas do setor encolheu, em relação ao ano anterior, 7,8% em 2015, ano em que a recessão se aprofundou. Em valores correntes, a queda foi de R$ 14,6 bilhões, para R$ 172,61 bi. O resultado ruim foi puxado para baixo pelo desempenho do segmento de infraestrutura, que contempla a construção de barragens, rodovias, portos e aeroportos e substações de energia, entre outros. A geração de riquezas deste segmento registrou recuou de 19,8% em 2015, o maior de toda a série histórica, iniciada em 2002, ressalta José Carlos Guabyraba, gerente da Paic. Já o valor adicionado da construção de edifícios recuou apenas 0,3%.

O IBGE destacou que as obras de infraestrutura são influenciadas pelos desembolsos efetuados pelo BNDES direcionados para essa finalidade, que reduziram nominalmente 20%, passando para R$ 69 bilhões, em 2014, para R$ 54,9 bi em 2015.

Em consequência, em 2015 o valor corrente das incorporações, obras e serviços das empresas de construção caiu 16,5% em relação ao ano anterior, a R$ 354,4 bilhões. A receita operacional líquida também caiu, para R$ 323,97 bilhões.

Já o número de empresas ativas cresceu, de 128 mil em 2014 para 131,5 mil em 2015, ocupando 2,4 milhões de trabalhadores. O ano foi marcado pela retração acelerada no mercado de trabalho desse setor, com o número de pessoas ocupadas caindo 17% em relação ao ano anterior, quando 2,9 millhões trabalhavam na contrução civil. Os gastos com pessoal corresponderam a 33,3% do total dos custos e despesas dessas empresas, resultado superior à participação em 2014 (32,28%). O salário médio mensal recuou 1,4% em termos reais, passando de R$ 1.970 em 2014 para R$ 1.943.

“A partir de 2014 o segmento da construção passou a refletir o ambiente de desaceleração da atividade econômica do país, evidenciado, no âmbito da demanda interna, pela perda de dinamismo do consumo das famílias, que apresentou queda de 3,9% em relação a 2014. Esse resultado também refletiu o aumento das taxas de juros e o menor volume de crédito do setor.

A construção de edifícios se manteve como o setor que mais contribuiu para o valor corrente das incorporações, obras e serviços, gerando R$ 165,7 bilhões ou 46,7% do total em 2015. O segmento de obras em infraestrutura foi o segundo em termos de participação, com R$ 119 bilhões ou 33,9% em 2015, embora essa participação tenha caído quase 5 pontos percentuais em relação a 2014. Já o setor de serviços especializados para construção, que engloba empreiteiras e serviços de terraplanagem, pintura, concretagem e preparação de terreno, apresentou ganho de participação, passando de 17,9% em 2014 para 19,4% em 2015, com valor corrente de milhões R$ 68,7 bilhões. (AG)

 

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