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Brasil O PSDB apoia o presidente Michel Temer para salvar o senador Aécio Neves, diz o jurista e ex-ministro Miguel Reale Junior

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O jurista Miguel Reale Jr. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O jurista Miguel Reale Júnior se desfiliou do PSDB depois de a Executiva Nacional do partido decidir ficar no governo do presidente Michel Temer. Ele afirmou que o movimento faz parte de um interesse momentâneo, já que, em troca, o PMDB não vai tomar posição contra o senador afastado Aécio Neves num processo na Comissão de Ética do Senado.

“Não é um apoio ao governo. É um interesse mometâneo, de apoiar o presidente para que o PMDB não tome posição contra Aécio Neves, que vai ser objeto de um processo na Comissão de Ética do Senado”, afirmou o jurista.

Reale Júnior, que é um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, também disse a decisão vai afetar o PSDB, principalmente com a perda de confiabilidade:

“O partido perde essa credibilidade. Perde a capacidade de ser crível. As pessoas não depositam mais confiança. E isso é muito grave. O partido perde muito”.

O jurista ainda criticou a justificativa do partido de continuar na base aliada para apoiar as reformas. De acordo com ele, isso poderia ser feito sem necessariamente participar do governo.

Desfiliação

O jurista Miguel Reale Junior, ex-ministro da Justiça no governo FHC, pediu desfiliação do PSDB, após a decisão do partido na segunda-feira (12) de permanecer no governo Michel Temer, mesmo diante da crise eclodida com a delação da JBS. Reale Junior foi um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Estava filiado ao partido desde 1990, após participar ativamente da campanha de Ulysses Guimarães à Presidência da República, em 1989.

Reale Junior suscitou nomes como Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso na luta pela ética, mas disse que o partido agora ignora os fatos graves revelados pela delação dos empresários Wesley e Joesley Batista, donos do frigorífico JBS.

Na delação, o presidente Michel Temer aparece numa conversa gravada por Joesley Batista no Palácio do Jaburu, sede da Vice-Presidência. Nela, o peemedebista é suspeito de dar anuência a atos de corrupção no governo.

“Com essa medida, o PSDB perde consistência, ética e eleitorado. Perde o discurso”, afirmou o jurista. “O PSDB é um muro que vai acabar se tornando o seu túmulo”, completou ele, que já foi deputado federal e atuou como professor universitário.

O ex-tucano reagiu às declarações de tucanos de que novas denúncias contra Temer virão e que será necessário o partido rever posição. “É cansativo isso. Estou indignado com esse posicionamento do partido pelo qual tanto lutei”, afirmou.

Reale Junior afirmou que não pretende se filiar a mais nenhum outro partido “Não tem nenhum outro [partido] que mereça a minha participação”, disse. Sobre entrar com um pedido de impeachment contra Temer, ele afirmou que não pretende tomar a medida. “Já fiz o bastante.”

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