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Brasil O PSDB tenta estancar a sangria de seus filiados

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O presidente do PSDB em São Paulo, Marco Vinholi, disse que a sangria não chegou ao berço do partido. “Somos um ponto fora da curva”, afirmou ele. (Foto: Divulgação)

Ainda sofrendo os efeitos do ano passado, quando amargou sua maior derrota em eleições, o PSDB se prepara para a troca de sua direção nacional no dia 31 de maio. Desta vez, em um fato raro para convenções tucanas, a escolha do novo presidente deverá ocorrer sem disputas, com a aclamação do ex-deputado federal Bruno Araújo (PE), apadrinhado pelo governador de São Paulo, João Doria.

Representante da nova geração tucana, chamada de cabeças pretas, ele assumirá o cargo com a promessa de renovar o partido. Entretanto, outra questão urgente se anuncia: como estancar uma “sangria” que acomete o partido desde o fim do ano passado, com pedidos de prefeitos para se desfiliar.

O PSDB não tem um balanço sobre a perda de prefeitos, vereadores e deputados estaduais. As deserções de maior repercussão até agora foram as dos prefeitos de Contagem (MG), Alex de Freitas, em janeiro deste ano, e de Campina Grande (PB), Romero Rodrigues, em abril.

As cidades são a terceira e a segunda maior, respectivamente, em população em seus Estados. Em Santa Catarina, o ex-prefeito de Blumenau e candidato a vice do PSDB para o governo do estado em 2018, Napoleão Bernardes, também se desligou da legenda. O mesmo fenômeno tem sido registrado em municípios menores e passou a ser considerado preocupante pela atual direção nacional porque pode se acentuar com a proximidade do calendário eleitoral.

A eleição municipal de 2020 tem sido encarada por todos no PSDB – velha e nova guarda – como a grande chance de se redimir do desastre do ano passado. Em 2016, o PSDB registrou seu melhor desempenho, elegendo 803 prefeitos.

O termo “sangria” foi usado pelo secretário-geral do PSDB, Marcus Pestana. “Há um incômodo geral, e a maior e mais imediata tarefa da nova Executiva é deter essa sangria. Vamos deixar claro que esse não é um problema só do PSDB.”

As deserções são resultado, em sua maioria, da péssima performance do PSDB na eleição de 2018. Além de terminar em quarto lugar na disputa presidencial, com o candidato Geraldo Alckmin, reduziu de seis para três seus governadores e perdeu metade da sua bancada na Câmara. “Não estamos na moda”, resumiu o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Paulo Abi-Ackel.

O prefeito de Campina Grande (PB) se filiou ao PSD. Os demais seguem sem partido. Derrapadas no campo ético pelo PSDB foram argumentos usados pelos prefeitos para a saída. O presidente do PSDB em São Paulo, Marco Vinholi, disse que a sangria não chegou ao berço do partido. “Somos um ponto fora da curva”, afirmou ele.

Para Vinholi, a continuidade do governo estadual nas mãos do PSDB e a perspectiva de uma candidatura de Doria à Presidência em 2022 ajudam nessa hora. Em 2018, o partido em São Paulo teve problemas com traições e expulsou prefeitos que fizeram campanha contra Doria.

Velha guarda na lona

Até agora, um único candidato – Bruno Araújo – se apresentou para a presidência do partido no biênio 2019-2021. A velha guarda tucana, que tem entre seus representantes o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin e os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), tentou mas não conseguiu construir uma candidatura alternativa. Aliados de Doria sondaram o terreno nos últimos dias para detectar o risco de uma surpresa, mas não encontraram nada.

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https://www.osul.com.br/o-psdb-tenta-estancar-a-sangria-de-seus-filiados/ O PSDB tenta estancar a sangria de seus filiados 2019-05-19
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