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Brasil O PSL, partido de Bolsonaro, dará um “curso” para deputados novatos

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Palestras devem acontecer em janeiro, após a posse presidencial. (Foto: Agência Brasil)

Nanico até março deste ano, o PSL – o partido de Bolsonaro – terá a missão de dar sustentação no Congresso Nacional ao presidente eleito. A legenda saltou de um parlamentar eleito em 2014 para a segunda maior bancada da Câmara na próxima legislatura, com 52 nomes. Desses, 47 nunca haviam sido eleitos para cargos como prefeito, governador, senador, deputado federal ou estadual.

Com uma bancada cuja diversidade varia de “youtuber” a coronel, o desafio será dar unidade ao grupo parlamentar. Para isso, o partido pretende capacitar seus parlamentares com uma bateria de “aulas” sobre temas como regimento da Câmara, economia e saúde. Segundo o presidente da sigla, Luciano Bivar, as palestras devem acontecer em janeiro, após a posse de Bolsonaro.

Filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), no final de seu primeiro mandato, é um dos mais experientes na bancada. No entanto, existe apenas um projeto de lei aprovado com a sua assinatura – que liberou para a venda a chamada “pílula contra o câncer”. Recentemente, ele se envolveu em polêmica, ao dizer que o novo presidente da Câmara deveria “tratorar” os projetos da oposição.

A sigla recebeu neste ano R$ 6,2 milhões de Fundo Partidário, que saltará para a maior fatia, com R$ 110 milhões em 2019, segundo estimativa do Estado. Há ainda uma chance de a bancada aumentar, com a incorporação de partidos ou deputados de siglas que não ultrapassaram a cláusula de barreira.

Desafio

O desafio, a partir de agora, será estruturar o partido para a nova estatura e tornar a bancada a mais coesa possível, conforme Bivar. A primeira reunião dos parlamentares eleitos desde o fim do segundo turno foi antecipada em uma semana – será na próxima quarta-feira. No encontro, a sigla deve discutir encaminhamento de bancada, escolha de líder e prioridades do governo no Congresso, especialmente as reformas econômicas.

“A ideia é dar boas vindas e ter uma palestra sobre o liberalismo do Partido Social Liberal. Os deputados são eleitos e são colegas, mas não se conheciam antes. Tem deputado que nem eu conheço”, ressalta o dirigente do PSL.
As aulas serão organizadas, segundo ele, pela Fundação do partido, o Indigo (Instituto de Inovação e Governança). Atualmente, a fundação continua sob o comando do filho de Bivar, Sérgio, que deixou o partido em fevereiro com outros membros do Livres, depois que o clã Bolsonaro migrou para a legenda.

No próximo ano, quem deve comandar o braço teórico da legenda é Marcos Cintra, o economista responsável pela área tributária na equipe de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. O professor da FGV também deve ministrar as aulas para a bancada do PSL, ao lado de Eduardo Bolsonaro.

Há, ainda, a possibilidade de o partido pleitear a presidência da Câmara. O apoio do DEM ao governo Bolsonaro está vinculado à retribuição dos bolsonaristas em dar suporte à manutenção de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Casa. Parlamentares do PSL, no entanto, ainda relutam em apoiá-lo.

Guinada

O PSL existe desde 1994, mas se projetou com a entrada de Bolsonaro neste ano. Para abrigar a família, o partido realizou algumas mudanças no estatuto e Bivar abriu mão da presidência para dar lugar a um dos assessores de Bolsonaro durante a campanha, o advogado Gustavo Bebianno. Terminada a eleição, o pernambucano de 73 anos, fundador do PSL, retomou o comando da legenda.

Até a última sexta-feira, 16, apenas dois dos 27 diretórios estaduais não eram provisórios. Foi feita uma votação que homologou os presidentes interinos e reconduziu Bivar, oficialmente, para a presidência da sigla.

“O Bivar é o mais experiente ali. Sabe o que faz. Se ele achar que deve compor a executiva nacional com eleitos, ok. Se o critério for número de votos ou experiência, ok. Eu assino embaixo”, disse a deputada federal eleita por São Paulo, Joice Hasselmann.

Fontes internas indicam que o estatuto da sigla deve sofrer algumas alterações. O presidente do PSL admite mudanças para adaptar o partido a algumas questões técnicas estabelecidas pelo TSE, mas um interlocutor afirmou que outros pontos também podem ser modificados.

Questionado se avalia que deveriam haver mudanças no partido, o deputado eleito Carlos Jordy (RJ) lembra que quando entrou para o PSL, no início do ano, o nome foi um dos pontos mais polêmicos. “Quando pegamos o partido, se questionou muito a sigla ‘partido social liberal’ porque nosso grupo é muito mais conservador nos costumes e liberal na via econômica. E social liberal tende muito mais para liberalismo libertário.”

O vereador de Niterói, egresso do PSC, disse que está mais focado em estudar para sua estreia na Câmara do que se envolver em questões partidárias. Para ele, seria “bacana mudar o nome mais para frente, mas isso está a cargo da nacional”.

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https://www.osul.com.br/o-psl-partido-de-bolsonaro-dara-um-curso-para-deputados-novatos/ O PSL, partido de Bolsonaro, dará um “curso” para deputados novatos 2018-11-19
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