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Esporte O Qatar construiu um estádio para 80 mil pessoas para demolir logo depois da final da Copa do Mundo

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O Estádio Icônico de Lusail sediará a final da Copa do Mundo de 2022. (Foto: Reprodução)

Com planejamento para 80 mil lugares, pouco mais de um ano de obras e previsão de entrega em 2020, o Estádio Icônico de Lusail teve seu projeto de design apresentado em Doha e será o 20° estádio do mundo a ter o privilégio de sediar uma final de Copa do Mundo. E será o primeiro que desaparecerá do mapa logo em seguida, sem qualquer vocação esportiva para o que virá depois.

Estão previstos três jogos testes, nove ou dez partidas do torneio da Fifa, incluindo também a abertura e o fim. Quem quiser vê-lo, que faça logo as malas para o Oriente Médio.

A ideia do Supremo Comitê do Qatar é que o estádio se transforme em um espaço comunitário após 2022, que além de lojas e restaurantes contará com escolas e clínicas de saúde. Todos os assentos serão removidos e doados para projetos esportivos no mundo. No Qatar, país que ocupa pequena península com pouco mais de 2,7 milhões de habitantes e só 12 clubes de futebol na primeira divisão, não há onde realocar tantas cadeiras.

O gramado onde um Neymar aos 30 anos, um Mbappé de 23 e talvez um veterano Messi poderão brilhar sumirá feito miragem. Do estádio original, com um impressionante design e iluminação inspirados na antiga cultura artesanal qatari, restará só o teto.

” Estamos deixando de lado o uso esportivo daqui porque o Qatar é um país pequeno, com uma população pequena, então a demanda é muito limitada. Nós temos outros estádios que já satisfazem as necessidades do país ” admite Tamin el Abed, gerente do projeto do Lusail.

Se a falta de tradição futebolística local espanta, a ponto do estádio icônico até no nome só servir mesmo para o evento internacional, por outro é a chance de evitar a manutenção de um óbvio elefante branco. E se você já se pergunta se a cidade sede não tem um clube que gostaria de usar o Lusail, saiba que nem mesmo esta cidade existe.

Lusail , a cidade

A final será em Lusail, cidade homônima ao estádio, a 23km da capital Doha. A região, claro, já existe, livros históricos fazem referência ao local desde o século XIX, e foi residência do sheik Jassim al Thani, o fundador do Qatar moderno. Mas como cidade, habitada e desenvolvida, tudo ainda está em forma de obra e projeto, mais custeado por petrodólares.

A criação da cidade que abrigará a abertura e a final do Mundial custará R$ 176 bilhões (sem contar o custo do estádio) e prevê uma área urbana de 38km², 19 bairros, 35 hotéis, quatro hospitais, shoppings, uma marina para 1.200 barcos, um enorme campo de golfe e uma população prevista de 270 mil pessoas quando tudo estiver pronto, em 2020.

Os organizadores afirmam que 90% da infraestrutura já está completa, mas um passeio pela cidade é espantoso. A sensação é de se estar em uma cidade fantasma, mas ao invés de velha e abandonada, moderna em que quase ninguém ainda chegou. Prédios novos vazios, muita terra, guindastes por todos os lados e trabalhadores vagando por ruas desertas. Tudo ao lado do estádio da final de 2022.

Ainda que para menos de 15 jogos e que a Copa seja disputada no inverno qatari, o estádio terá climatização para evitar o calor. A temperatura será mantida em 26 graus no campo de jogo, e ainda depende de pesquisas para um número para os fãs. Mais um elemento que engrossa a conta ” não oficial, a organização não divulga o custo dos estádios separadamente ” de quase R$ 3 bilhões gastos só na construção do Lusail. É quase o triplo do que foi gasto na superfaturada reforma do Maracanã em 2014.

Em 2023, ficarão as memórias.

 

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