Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2017
O presidente da República, Michel Temer, participa desde sexta-feira (07) da cúpula do G20. A Folha de S.Paulo está acompanhando o evento, que reúne as principais economias do mundo em Hamburgo, na Alemanha. Ao pousar na cidade portuária alemã durante a madrugada, o presidente insistiu em que “crise econômica no Brasil não existe”. “Pode levantar os dados e você verá que estamos crescendo.”
Mas você talvez não se saiba o que é a cúpula do G20 e o que ela significa para o comércio e para as relações internacionais.
O que é o G20?
É a reunião das 20 principais economias do mundo. Esses países se reúnem periodicamente desde 2008. Eles representam mais de 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 66% da população
Mas quem é membro?
São 19 países somados à União Europeia — daí o nome, G20. Que países? Estes: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos. A Espanha participa como convidado permanente. A Alemanha convidou para este ano a Noruega, a Holanda e Singapura.
Só países de reúnem?
Além dos líderes dos países e da UE (União Europeia), a cúpula do G20 reúne membros de entidades como o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio e a ONU (Organização das Nações Unidas).
Como funciona?
É uma cúpula, e não uma organização internacional. Assim, as decisões do G20 não têm impacto legal. Tampouco há um conselho administrativo ou delegação permanente. Mas as discussões servem de norte para negociações durante o ano, e tem caráter simbólico. A cúpula será encerrada na tarde deste sábado (08) com uma declaração conjunta dos países que estão presentes.
Qual será o tema principal deste ano?
Por vocação, o G20 se concentra em temas como crescimento global e comércio. Um dos principais temas de Hamburgo será a mudança climática — em especial, o Acordo de Paris, do qual o presidente norte-americano, Donald Trump, quer sair. Há também disputas comerciais, como o protecionismo americano em relação à importação de aço chinês. O Brasil se preocupa em ser uma “vítima de bala perdida” nesse embate. Somos o segundo maior exportador de aço aos Estados Unidos.
Todo mundo está contente com a Cúpula?
Não, né. Há dias manifestantes tomam as ruas para protestar contra a presença de líderes divisivos como o norte-americano Donald Trump, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o presidente russo Vladimir Putin. A marcha “Bem-Vindos ao Inferno”, na sexta-feira, reuniu 10 mil pessoas. As autoridades estimam que 100 mil pessoas devem protestar até o fim do evento, protegido por 20 mil policiais. (Diogo Bercito/Folhapress)