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Brasil O que já se sabe sobre o atentado a faca contra Jair Bolsonaro

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Atentado contra Bolsonaro vai completar seis meses. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O atentado a faca contra o então candidato Jair Bolsonaro, que completa seis meses na próxima semana, voltou ao noticiário após o presidente receber o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Morais. O inquérito policial que mira Adélio Bispo de Oliveira, que admitiu o crime, ainda não foi concluído. Confira o que já se sabe sobre o atentado.

Na segunda-feira (25), Bolsonaro recebeu, além de Morais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Maurício Valeixo, e o superintendente da PF em Minas Gerais, o delegado Cairo Costa Duarte. A PF informou o presidente que não há, até o momento, evidência da participação de outras pessoas no ataque além de Adélio. As investigações podem durar até abril até a conclusão.

Este já é o segundo inquérito contra Adélio no caso.

Quem é Adélio?

O servente de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, tinha duas passagens pela polícia e era visto como uma pessoa de personalidade forte em sua cidade natal, Montes Claros, no norte de Minas Gerais. Em agosto de 2013, ele tentou invadir a casa da sogra para agredir a ex-esposa. Em outro registro policial, no mesmo ano, ele e outro homem brigaram e trocaram tapas e socos, ocorrência fichada como lesão corporal dupla.

Nas redes, Adelio publicou mensagens de ódio contra Jair Bolsonaro nos meses que antecederam o atentado. Entre elas, uma em que pedia “pena de morte” ao presidenciável, chamado de “traidor”, “judas” e também constantemente xingado.

Adélio foi filiado, entre 2007 e 2014, ao PSOL de Uberaba (MG), e incentivava protestos na cidade. Também chegou a participar de manifestações contra a corrupção na cidade e em Brasília, em frente ao Congresso Nacional. Publicou ainda imagens de pessoas que defendem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava Jato.

O PSOL confirmou a filiação até 2014, e informou que Adélio não foi dirigente partidário e que não foi possível saber os motivos de sua filiação ou desfiliação após sete anos. Segundo policiais da PM em Juiz de Fora, Adelio disse, em depoimento, que não é ligado a qualquer partido político, e que agiu porque não “simpatiza” com o candidato.

Inquéritos

A investigação em andamento já é a segunda sobre o caso. A PF apresentou o primeiro inquérito 22 dias após o ataque, no qual concluiu que Adélio atuou sozinho no dia do crime, motivado pelo “inconformismo político”. Ao longo da apuração, a polícia descobriu que ele chegou a tentar comprar uma arma de fogo, mas por causa da burocracia e dos custos desistiu da ideia.

Além disso, a PF apurou que Adélio fez um curso de tiro na região metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina, em julho deste ano. A PF esteve no local, tomou o depoimento das pessoas que trabalham no local e soube que na aula final do curso, Adélio chegou a disparar 70 tiros. O clube, na cidade de São José, também é frequentado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Para chegar à conclusão da atuação isolada, 50 policiais da PF analisaram 150 horas de vídeos, 600 documentos e 1.200 fotos. Além disso, foram analisados 2 terabytes de informações encontradas com Bispo e de quebras de sigilo telefônico, bancários e telemático.

No segundo inquérito, a PF investiga dados telefônicos e contatos mantidos por Adélio nos últimos cinco anos. Além disso, são analisadas 6 mil mensagens trocadas via aplicativo e dados coletados em seis e-mails utilizados pelo autor do crime. No fim de janeiro, o MPF autorizou a prorrogação das investigações por 90 dias, o que significa que a polícia tem até abril para concluir o segundo inquérito.

Avaliação psiquiátrica

A defesa de Adélio alega que ele sofre de problemas mentais e pediu que ele seja submetido a testes psiquiátricos. O Ministério Público Federal de Minas, no entanto, afirma que o réu mostrou “lucidez e coesão” de raciocínio na sua audiência de custódia, realizada um dia após sua prisão.

À defesa e ao juiz, o agressor disse que já passou por diversos tipos de tratamento nos últimos anos. De acordo com o BO (Boletim de Ocorrência) do ataque, Adélio disse que saiu de casa com a faca para atacar o candidato do PSL “no melhor momento que encontrasse”. O ataque, segundo ele, se deu “por motivos pessoais” que os policiais “não entenderiam”. Disse ainda que fez tudo “a mando de Deus”.

O atentado

Carregado nos ombros por simpatizantes, Bolsonaro participava de uma caminhada pelas ruas do centro de Juiz de Fora quando foi esfaqueado. Adelio Bispo de Oliveira sacou a faca e rapidamente atingiu o presidenciável. Com uma expressão de surpresa e dor, Bolsonaro se inclinou para trás e foi amparado. Bolsonaro foi rapidamente levado para o carro que o transportava, que logo seguiu para a Santa Casa de Misericórdia.

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https://www.osul.com.br/o-que-ja-se-sabe-sobre-o-atentado-a-faca-contra-jair-bolsonaro/ O que já se sabe sobre o atentado a faca contra Jair Bolsonaro 2019-02-26
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