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Mundo O Reino Unido determinou por engano a deportação de 100 europeus nascidos fora do território britânico

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(Foto: Reuters)

O governo do Reino Unido enviou nas últimas semanas centenas de cartas para cidadãos europeus residentes em território britânico os intimando a “sair do país” e ameaçando deportar quem se recusasse.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pelo jornal britânico “The Guardian”, após uma professora universitária finlandesa, Eva Johanna Holmberg, publicar a carta nas redes sociais.

Holmberg, historiadora da Universidade de Helsinki, é casada com um cidadão britânico, vive no Reino Unido há uma década e trabalha na Queen Mary University de Londres.

Segundo a carta, os estrangeiros tinham que “deixar voluntariamente e imediatamente o Reino Unido ou o ministério do Interior teria disposto sua expulsão”. O documento também salientava que quem recusasse a abandonar o território britânico, mesmo tendo passaporte europeu (e por isso tendo direito legal de permanecer o país) poderia acabar preso segundo quanto previsto pela Lei de Imigração local. Segundo o ministério do Interior de Londres todas as pessoas que receberam as cartas são cidadãos europeus.

Depois que o caso se tornou público, a primeira-ministra britânica, Theresa May, foi obrigada a pedir desculpas pelo “erro infeliz” e que os direitos dos cidadãos europeus não serão afetados pelo Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Há alguns dias, durante as negociações com a União Europeia sobre o Brexit, a própria May tinha declarado que os 3,5 milhões de cidadãos europeus que moram no Reino Unido não teriam sofrido qualquer consequência em seu status jurídico, e que os visitantes provenientes de países da UE não precisariam de visto para entrar em território britânico.

Brexit

O ministro do Brexit, David Davis, convocou no último domingo a União Europeia a flexibilizar sua postura a respeito de que ambas as partes primeiro têm que avançar em um acordo de “divórcio” antes de passar a discutir suas futuras relações. Depois do lento começo das negociações para pôr fim a uma união de mais de 40 anos, o Reino Unido está pressionando para que as negociações passem a englobar mais que a separação para oferecer às empresas alguma garantia do que esperar depois que a Grã-Bretanha deixar a União Europeia em março de 2019.

Esta semana, o governo emitirá cinco novos documentos para delinear propostas para futuros vínculos, incluindo como resolver futuras disputas sem “a jurisdição direta da Corte de Justiça da União Europeia”, afirmou Davis.

Imigração no Reino Unido cai para o nível mais baixo em três anos

A imigração no Reino Unido baixou em 81.000 pessoas entre março de 2016 e igual mês deste ano, para se situar em 246.000 pessoas, o nível mais baixo em três anos, informou hoje o Instituto de Estatísticas do país.

Este dado, que contempla a diferença entre as chegadas e saídas de cidadãos no país — foi influenciado pela perspetiva do “Brexit”, saída britânica da União Europeia (EU), de acordo com a informação divulgada hoje.

O instituto revelou ainda que o aumento se deve sobretudo à saída de emigrantes oriundos de outros países da UE, num total de 122.000, mais 33.000 do que no período homólogo anterior e o mais elevado em quase uma década.

Dentro deste grupo, o instituto detetou um aumento considerável, de 17.000, nas saídas de cidadãos dos países que se uniram ao bloco comunitário em 2004: República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia e Eslovénia.

Ao mesmo tempo, registou-se uma quebra na imigração procedente da UE, de 19.000, que o instituto não considerou “estatisticamente relevante”.

A responsável do departamento de estatísticas migratórias daquele organismo, Nicola White, destacou que estes dados indicam que o referendo europeu (de 23 de junho de 2016) “poderá estar a influenciar as decisões das pessoas de migrar dentro e fora do Reino Unido”.

A especialista frisou que ainda é cedo para se saber se se trata de “uma tendência a longo prazo”.

Quando se conhecem os dados da imigração, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Amber Rudd, lançou hoje uma investigação para esclarecer que papel desempenham os estudantes estrangeiros na economia britânica. (AG)

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https://www.osul.com.br/o-reino-unido-determinou-por-engano-deportacao-de-100-europeus-nascidos-fora-do-territorio-britanico/ O Reino Unido determinou por engano a deportação de 100 europeus nascidos fora do território britânico 2017-08-24
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