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Por Redação O Sul | 27 de maio de 2017
Em meio aos esforços do governo para encaminhar a reforma da Previdência no Congresso, o rombo do INSS ficou próximo de R$ 12 bilhões no mês passado, conforme dados divulgados pelo Banco Central. O valor é o maior já registrado para um mês de abril em toda a série histórica, iniciada em 1998. Em apenas quatro meses de 2017, a Previdência já acumula déficit primário de R$ 52 bilhões, o que representa crescimento de 38,7% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado.
A dificuldade do setor público em fechar as contas da Previdência está se agravando desde pelo menos o segundo semestre de 2015, em paralelo ao aumento do desemprego. Com menos trabalhadores formalizados contribuindo mês a mês para o INSS, as receitas do sistema diminuíram consideravelmente. E, como as pessoas continuam a se aposentar – com uma sobrevida a cada ano maior –, o volume de pagamentos de benefícios e aposentadorias só aumentou no período. Com isso, o rombo do sistema mais que dobrou na comparação com a média dos anos anteriores.
A estimativa oficial da equipe econômica é de que o rombo da Previdência Social chegue à casa dos R$ 185 bilhões em 2017, o que, se for confirmado, representará uma alta de 21% em relação ao último ano. Os dados do BC divulgados ontem mostraram que nos 12 meses até abril deste ano o INSS está deficitário em R$ 164,24 bilhões.
Essa sangria da Previdência tem prejudicado o esforço do setor público – que reúne governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), Estados, municípios e estatais (com exceção da Petrobras e da Eletrobras) – para equilibrar as receitas e as despesas.