Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Ciência O satélite TESS, da Nasa, iniciou a sua busca por planetas distantes

Compartilhe esta notícia:

O TESS é uma missão de dois anos de duração encarregada de examinar os céus em busca de planetas em torno de outras estrelas. (Foto: Reprodução)

A mais nova espaçonave caçadora de exoplanetas da Nasa (agência espacial norte-americana) começou a coletar dados científicos na semana passada, de acordo com um comunicado da agência.

O TESS, ou Transiting Exoplanet Survey Satellite, é uma missão de dois anos de duração encarregada de examinar os céus em busca de planetas em torno de outras estrelas. Depois do lançamento em abril e de trazer uma incrível primeira imagem do céu, a verdadeira caça começou.

O TESS, que orbita a Terra, irá usar seus instrumentos para medir 200 mil estrelas a 300 anos-luz de nosso Sol. Ele é capaz de espreitar estrelas mais brilhantes e em maior número do que seu antecessor, Kepler e K2 (duas missões, uma só espaçonave).

Ele também será melhor em imagens de exoplanetas orbitando nas zonas habitáveis de estrelas anãs vermelhas como a TRAPPIST-1 e a Proxima Centauri. Alguns cientistas especularam que esses estranhos mundos poderiam abrigar vida extraterrestre.

Cada uma das quatro câmeras CCD de 16,9 megapixels da nave espacial faze imagens de uma área do céu do tamanho de uma constelação média, de acordo com o comunicado da NASA — a programação está aqui. O TESS vai monitorar cada região por 27 dias e, em seguida, passará para a próxima, mapeando 85% do céu, ou seja, 350 vezes mais do que o observado pela Kepler. Os primeiros dados virão em agosto e, em seguida, a cada 13,5 dias (cada órbita).

O TESS é principalmente uma missão de pesquisa. Ele irá criar um catálogo de estrelas próximas, cuja luz se apaga periodicamente, sinalizando a presença de um planeta em órbita. Essas estrelas serão candidatas a observações de acompanhamento por outros telescópios, que poderão determinar suas massas e outras propriedades, como as composições de suas atmosferas.

O Telescópio Espacial James Webb começará a estudar esses exoplanetas. Os cientistas que buscam vida extraterrestre estão mais interessados em encontrar potenciais bioassinaturas, emissões de luz características de moléculas que possam ser indicativas de vida — coisas como compostos orgânicos e água. Provavelmente teremos que esperar até 2040, quando um futuro telescópio terá a capacidade de fazer observações como essas.

Encontrar um exoplaneta habitável será um longo processo, mas um que agora está a todo vapor, graças ao TESS.

História da Nasa

A Nasa é uma das mais importantes agências de exploração espacial do mundo e, volta e meia, está no noticiário por conta de alguma nova descoberta, lançamento ou mesmo desenvolvimento de alguma tecnologia inovadora. No fim de semana, a organização completou 60 anos, e a data foi lembrada nos EUA por uma série de razões, mas especialmente pelo “pânico” que envolveu a sua criação.

Na década de 1950, todos os esforços aeroespaciais da terra do tio Sam eram controlados pelos militares, e já estava ficando claro que essa administração não vinha rendendo os frutos que se esperava. Contudo, foi apenas quando a União Soviética lançou o primeiro Sputnik que a ideia de criar uma agência civil de exploração espacial se tornou consenso entre os governantes.

O primeiro satélite artificial lançado pela humanidade começou a orbitar a Terra em 4 de outubro de 1954 e podia ser visto por praticamente qualquer pessoa no hemisfério norte e também transmitia um bipe através de ondas de rádio. Enquanto o mundo ficou maravilhado com o lançamento, o governo dos EUA ficou horrorizado pela possibilidade de a União Soviética ter um foguete capaz de colocar um satélite do calibre do Sputnik 1 em órbita. Isso porque se os soviéticos tinham tal tecnologia, eles poderiam também lançar bombas termonucleares em território norte-americano.

Todo esse medo da União Soviética por parte dos norte-americanos só se intensificou com o lançamento do Sputnik 2, que era mais pesado e levou a cadela Laika ao espaço. “Mesmo o Sputnik 1 pesava quase nove vezes mais do que o primeiro satélite que os EUA queriam lançar. Então havia um sentimento de empolgação e de crise”, recordou Glen Wilson, ex-funcionário do senado norte-americano na época em um projeto que reconta a história da criação da Nasa.

Para deixar a situação ainda mais tensa, a primeira tentativa dos EUA de lançar um satélite artificial ao espaço fracassou de maneira colossal. O Vanguard TV-3 explodiu enquanto seu lançamento era transmitido pela TV de forma global em 1957.

Só em 1958 é que então presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, sancionou a lei que criava a Nasa (National Aeronautics and Space Administration ou Administração Nacional para Aeronáutica e Espaço). Eventualmente, a Nasa conseguiu lançar seres humanos ao espaço e, depois, levá-los à Lua.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Ciência

Presa em casa, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral não pode ter acesso ao telefone e à internet
Alta de impostos foi discreta e pode não ter o efeito esperado, dizem analistas
https://www.osul.com.br/o-satelite-tess-da-nasa-iniciou-a-sua-busca-por-planetas-distantes/ O satélite TESS, da Nasa, iniciou a sua busca por planetas distantes 2018-07-30
Deixe seu comentário
Pode te interessar