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Brasil O segurança que matou um jovem em um supermercado no Rio de Janeiro já havia sido condenado por agredir sua mulher

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Ação do segurança foi gravada e compartilhada em redes sociais. (Foto: Reprodução)

O segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, que matou o estudante Pedro Gonzaga com um golpe de mata-leão no supermercado Extra da Barra da Tijuca, na quinta-feira, não podia atuar como vigilante. Em dezembro de 2017, Davi foi condenado pela Justiça a três meses de prisão em regime aberto por ter agredido sua então companheira com socos, tapas e chutes. A condenação foi revelada pelo programa “Fantástico”, da TV Globo. De acordo com a Polícia Federal, pessoas com antecedentes criminais não podem exercer a profissão de segurança.

De acordo com a sentença da juíza Rachel Assad da Cunha, do 2º Juizado de Violência de Bangu, Davi e a companheira “travaram uma discussão motivada por ciúmes e, na ocasião, xingou o réu, oportunidade em que foi agredida com vários socos no rosto, na presença de seus filhos”. Segundo o depoimento da vítima, “um de seus filhos tentou defendê-la, mas foi atingido por um soco na boca.

Jovem morto lutava contra drogas

Jovem de classe média da Barra, a família lutava para que Pedro Oliveira Gonzaga, de 19 anos, deixasse as drogas. A fim de mantê-lo em casa, o padrasto, o comerciante Newton Filho, montou um estúdio para Pedro, com mesa de mixagem e aparelhagem de som. Mas, em agosto de 2017, ele agrediu o padrasto por ter lhe tirado o cachimbo de narguilé, usado para fumar maconha, que ficava no seu quarto. A raiva do jovem chegou a ponto dele ameaçar Newton:

“Quando eu te pegar lá fora vou te encher de porrada!”, teria dito Pedro, segundo depoimento do padrasto na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Apelo

Nem os gritos de Dinalva Oliveira, implorando que o segurança de um supermercado da Barra da Tijuca soltasse seu filho enquanto ele sofria o golpe conhecido como mata-leão, foram suficientes para salvar o rapaz. Naquela tarde da última quinta-feira, ela parou na Praça de Alimentação do estabelecimento com o jovem para almoçarem, antes de levá-lo a uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Petrópolis. Não era a primeira vez que Pedro seria internado.

A mala de Pedro já estava no carro. De repente, ele se levantou e, segundo uma amiga da família, teve um surto, uma alucinação. Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital, o segurança que lhe aplicou o golpe contou que Pedro tentou tirar a arma dele e, apesar de haver outros seguranças, ele disse ter agido em legítima defesa.

“Ele está com a mão roxa”, implorou Dinalva, duas vezes seguidas. “Ele não está armado!”, completou.

A ação durou cerca de quarto minutos. Enquanto a mãe pedia clemência para o filho, o segurança respondia, aos berros, que ela mentia sobre a situação do filho estar ficando roxo.

Protesto

“Pedro Gonzaga presente!”. Foi esse grito de luto e luta que deu início à manifestação, na tarde de domingo, em repúdio à morte do jovem de 19 anos que foi estrangulado por um segurança do supermercado Extra no dia 14 de fevereiro. Cerca de 500 pessoas, entre amigos da vítima, representantes de entidades em prol da causa negra, políticos e artistas, se reuniram na entrada do estacionamento do supermercado, na Barra da Tijuca. Cartazes também pediam justiça ao caso, que foi registrado pela polícia como homicídio doloso.

tags: segurança

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