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Mundo O serviço de inteligência dos Estados Unidos planejou matar o ditador cubano Fidel Castro com roupas de mergulho infectadas

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Líder revolucionário era adepto do esporte. (Foto: Reprodução)

Novos documentos liberados pelo governo americano na quinta-feira sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy detalharam planos do governo dos Estados Unidos para matar o então presidente cubano Fidel Castro (1926-2016). Entre as possíveis estratégias para executar o ato, estão a tentativa de fazê-lo usar roupas de mergulho infectada ou criar uma armadilha explosiva para pegá-lo de surpresa.

A primeira oportunidade da CIA, o serviço de inteligência dos EUA, foi tentar convencer o advogado norte-americano que estava em processo de negociação com Castro a lhe dar um presente que poderia ser fatal. O “mimo”, no caso, seria uma roupa de mergulho infestada com uma bactéria mortal, matando o líder assim que ele a vestisse.

“Era sabido que Fidel Castro gostava de mergulhar”, diz o documento. “O plano da CIA era colocar um pó dentro do traje com um fungo que produz uma substância capaz de causar uma doença de pele, e também contaminando o equipamento com bacilos da tuberculose no aparelho de respiração”.

No entanto, o advogado não topou ajudar no plano e fez exatamente o oposto. Presenteou o líder cubano com “uma roupa de mergulho não contaminada como gesto de amizade”.

Outra estratégia indicava a possibilidade de implantar uma concha marinha que pudesse chamar a atenção de Castro. Mas uma vez que ele se aproximasse do objeto, explosivos dentro dele seriam acionados. O plano, porém, também foi deixado de lado.

“Após uma investigação, determinou-se que não havia concha na área do Caribe grande o suficiente para carregar uma quantidade suficiente de explosivo que fosse espetacular o suficiente para atrair a atenção de Castro”, diz um dos documentos.

Outros líderes

Esses planos aparecem num documento que resume os planos da CIA para assassinar líderes mundiais: além de Fidel Castro, a CIA também considerou matar Patrice Lumumba, um dos líderes da independência do Congo, e Sukarno, presidente da Indonésia entre 1945 e 1967.

Já uma proposta do Pentágono chamada “Operação Recompensa”, de 1962, estabeleceria um sistema de retribuição a cubanos que conseguissem “matar ou capturar vivos” comunistas conhecidos. O valor poderia chegar a US$ 100 mil, caso o alvo fosse um oficial de governo. Os cubanos conheceriam o sistema de recompensa através de folhetos lançados de aviões.

Kennedy

Os documentos indicam, ainda, que a CIA e o FBI (a polícia federal norte-americana) investigaram uma suposta participação de Cuba no assassinato de John  Kennedy, em 1963, especialmente no que se refere aos laços entre agentes da ilha caribenha e o acusado pela morte do presidente, Lee Harvey Oswald.

Um áudio de março de 1967 obtido pelo FBI relata uma conversa entre dois cubanos, um deles identificado como espião do governo, na embaixada do país na Cidade do México. O suposto espião, funcionário da embaixada, disse que os “Estados Unidos estavam tentando culpar Cuba pela morte”. O outro homem, então, afirmou que Oswald deveria ser um “bom atirador”. O suposto espião respondeu: “sim, ele era muito bom. Eu o conheci”.

Um comitê da Câmara dos Estados Unidos que investigou assassinatos, no entanto, considerou que assassinar Kennedy “não valia a pena” para Fidel. “Esse comitê não acredita que Castro assassinaria Kennedy, porque esse ato, se descoberto, teria dado aos Estados Unidos uma desculpa para destruir Cuba. Esse risco não valia a pena”, diz o documento de 1979.

Afastado da presidência cubana desde 2011, Fidel Castro morreu em 25 de novembro de 2016, aos 90 anos. Ele foi substituído no poder por seu irmão Raúl, que retomou as relações diplomáticas do país com os Estados Unidos durante a gestão de Barack Obama na Casa Branca. Em 2015, os países reabriram suas respectivas embaixadas em Washington e Havana, após 54 anos.

Mas após a ascensão de Donald Trump, no início deste ano, a retomada desacelerou, com o novo presidente americano prometendo “firmeza diante da opressão comunista” no país.

 

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