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Colunistas O silêncio de Brasília é retumbante!

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O vilão tupiniquim da hora é o Aedes, o mosquito multiflex. (Foto: ABr)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Beatriz Fagundes

 

O pior é a falta de reação do governo sempre que somos atacados em qualquer flanco. O silêncio de Brasília é retumbante! Agora a bola da vez é a Olimpíada! E o vilão tupiniquim da hora é o Aedes, o mosquito multiflex. Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa “odioso do Egito” – é combatido no País desde o início do século passado.
Um texto publicado no site da revista Forbes na quarta-feira defende que talvez seja hora de cancelar a Olimpíada no Rio de Janeiro diante do surto de zika vírus que tem tomado a América do Sul. “Está começando a parecer que chegou a hora de cancelar os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro”, diz o texto, justificando: “A razão é simples: mulheres jovens não podem viajar com segurança para o País”, acrescenta. “Por mais que a água poluída e questões de segurança já tornassem as coisas difíceis para qualquer pessoa que quisesse visitar o País, agora o Brasil está na linha de frente da epidemia do zica”.
Sem desmerecer o fato: estamos, sim, com números insuportáveis de pessoas, especialmente bebês, atingidos pelo zica, há de se considerar que o mundo estremece a pelo cada dois anos com supostas epidemias de extermínio da humanidade. O último foi o ebola. Durante o surto, as manchetes causavam calafrios. A epidemia de ebola no Oeste da África começou em dezembro de 2013, na Guiné. Ganhou destaque e causou terror a todos os continentes. Em 30 de janeiro de 2015, a indústria farmacêutica anunciou que estava cancelando os testes para desenvolver um remédio contra o ebola, simplesmente porque não existia pacientes o suficiente com o vírus para participar dos testes.

Fim do período de pânico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que 10.004 mortes foram registradas nos três países mais afetados pelo maior surto de ebola de todos os tempos: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Nas últimas décadas, tivemos outros fantasmas destruidores: gripe aviária, suína, H1N1 e outras que não vêm ao caso. O vírus imbatível que vem nos aniquilando é o da “indiferença”: 1 bilhão de pessoas passam no fome no mundo e 10 milhões morrem de fome por ano. Destes, 3 milhões são crianças. O consumo de bebidas alcoólicas matam 3,3 milhões de pessoas a cada ano, segundo relatório da OMS. O cigarro mata 350 pessoas diariamente no Brasil e 10 mil em todo o mundo.

A OMS alerta que a obesidade mata 2,8 milhões de pessoas por ano. Alimentos industrializados seria a principal causa. Vamos fechar as fábricas? Os EUA registrou 130.347 pessoas mortas em incidentes envolvendo armas de fogo entre 2001 e 2011. No mesmo período, houve 3 mil mortes relacionadas a atos de terrorismo (sendo 2.689 delas nos atentados de 11 de setembro). O primeiro número é mais de 40 vezes maior que o segundo. Duzentas mil pessoas morrem por ano por consumir drogas ilícitas. Longe estou de ignorar qualquer possibilidade de uma epidemia de zica. Devemos combater o “odioso do Egito”. O que realmente é insuportável são os ataques gratuitos a outros modais econômicos. No caso da Olimpíada, por que querem cancelar? Mesmo com todas as manchetes sobre a zica em Pernambuco, onde foram registrados os primeiros bebês identificados com microcefalia atribuída ao vírus, segundo o secretário municipal de Turismo, Felipea Carreras, e o Estado está recebendo um milhão e quinhentos mil turistas que devem gastar um bilhão de reais neste carnaval.
Na Bahia, 700 mil turistas estão curtindo adoidados 96% de ocupação hoteleira, com faturamento esperado de milhões de reais. Em 2015, o carnaval movimentou toda a cadeia ligada ao turismo e se mostrou um negócio altamente lucrativo. Apenas os viajantes brasileiros movimentaram R$ 6,6 bilhões no período. De acordo com um balanço da Secretaria de Aviação Civil (SAC), cerca de 627 mil pessoas circularam, por dia, nos principais aeroportos do País, número acima do registrado na Copa do Mundo, que registrou média de 508 mil passageiros.

Carnaval é tempo de festa. Mas também é um período essencial para a economia, para quem reconhece que o turismo é uma indústria. Indústria limpa e que gera milhares de empregos. A quem interessa liquidar com a Olimpíada brasileira? E a reação?
Inusitado bizarro

Com apenas dois meses de atuação no setor de sua novíssima atividade, um “empresário” foi até o Posto da Brigada Militar, em Serafina Correa, no Norte do Estado, e registrou ocorrência policial sobre um furto. Segundo a inconformada “vítima”, um ladrão teria furtado 29 buchas de cocaína de sua residência, devidamente embaladas. Prontas para a comercialização. O inconformado se queixou que o roubo comprometeria sua renda mensal, além de tê-lo deixado sem capital de giro! Que tal?
Campanha 2018

Está sendo esperada para dia 17.02, às 10h, em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda (SP), uma cena que deve causar. Essa é a data e o endereço dos depoimentos do ex-presidente Lula e sua esposa, dona Maria Letícia, sobre o tal triplex. Reproduzo um dos textos que circulam na internet: “Vamos acabá com o sem dedo depois do carnaval. Ele vai tocá piano dia 17. Leve fruta podre e ovo e lixo pra jogá no comunista sem dedo”. Que beleza, não? Os apoiadores também estarão por lá. O promotor disse que o provável enfrentamento é “caso de polícia”. Ou seria puliça?

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-silencio-de-brasilia-e-retumbante/ O silêncio de Brasília é retumbante! 2016-02-07
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