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Brasil O sócio de Rodrigo Janot em um escritório de advocacia decidiu romper a sociedade

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Em março, o Brasil impôs restrições à entrada de imigrantes pelas fronteiras terrestres e aquaviárias. (Foto: Freepik)

Márcio Elias Rosa, o ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo que havia topado ser sócio de Rodrigo Janot em um escritório de advocacia, aberto há quatro meses, decidiu romper a sociedade.

Elias Rosa foi pego de surpresa com o teor das declarações feitas por Janot. A alguns amigos, se disse traído.

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot revelou que planejou assassinar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes , em 2017. O episódio foi lembrado pelo próprio Janot em entrevistas publicadas nesta quinta-feira pelos jornais “O Estado de S. Paulo”, “Folha de S.Paulo” e pela revista “Veja”

Segundo relato à “Veja”, Janot chegou a engatilhar a arma, ficou a menos de dois metros do ministro, mas não conseguiu efetuar o disparo. O motivo da ira foi um ataque de Gilmar à filha do então procurador-geral. “Esse inspetor Javert da humanidade resolveu equilibrar o jogo envolvendo a minha filha indevidamente. Tudo na vida tem limite. Naquele dia, cheguei ao meu limite. Fui armado para o Supremo. Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidaria. Estava movido pela ira. Não havia escrito carta de despedida, não conseguia pensar em mais nada. Também não disse a ninguém o que eu pretendia fazer”, conta o ex-PGR.

Janot também afirmou que tentou mudar a arma de mão quando não conseguiu atirar com a destra. “Esse ministro costuma chegar atrasado às sessões. Quando cheguei à antessala do plenário, para minha surpresa, ele já estava lá. Não pensei duas vezes. Tirei a minha pistola da cintura, engatilhei, mantive-a encostada à perna e fui para cima dele. Mas algo estranho aconteceu. Quando procurei o gatilho, meu dedo indicador ficou paralisado. Eu sou destro. Mudei de mão. Tentei posicionar a pistola na mão esquerda, mas meu dedo paralisou de novo. Nesse momento, eu estava a menos de dois metros dele. Não erro um tiro nessa distância. Pensei: ‘Isso é um sinal’. Acho que ele nem percebeu que esteve perto da morte”, lembra.

O procurador disse que, depois de ter falhado no propósito de executar seu adversário, chamou seu secretário executivo, disse que não estava passando bem e foi embora. “Não sei o que aconteceria se tivesse matado esse porta-voz da iniquidade. Apenas sei que, na sequência, me mataria”, conclui.

Sem citar o nome do ministro, a cena também é relatada no livro “Nada menos que tudo”, escrito com os jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin. A obra será lançada pela Editora Planeta.

Gilmar é um ferrenho crítico da Lava-Jato. Em sessões do STF, costumava aproveitar seus votos para atacar também Janot. Diversas vezes já chamou o procurador de bêbado e de irresponsável.

Janot já apresentou ações ao STF alegando a suspeição de Gilmar para atuar em processos. Em maio de 2017, o procurador pediu o impedimento de Gilmar na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário.

Ao se defender em ofício, Gilmar afirmou que Letícia Ladeira Monteiro de Barros, filha de Janot, advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o ministro, a filha do procurador poderia na época “ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato”. O episódio provocou a raiva de Janot. “Aí eu saí do sério”, resumiu.

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