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Política O Supremo abriu um inquérito para apurar a suposta ameaça de deputado federal ao ex-ministro da Cultura Marcelo Calero

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Na época, Calero (foto) deixou o governo após reclamar de ingerências de Geddel, então ministro da Secretaria de Governo, que pressionava pela liberação de obra do empreendimento La Vue. (Foto: Reprodução)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para apurar supostas ameaças do deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) ao ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. As ameaças teriam sido feitas em função do episódio que levou à renúncia do irmão de Lúcio, Geddel Vieira Lima, do cargo de ministro da Secretaria de Governo, em novembro de 2016.

Na época, Calero deixou o governo após reclamar de ingerências de Geddel, então ministro da Secretaria de Governo, que pressionava pela liberação, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, de obra do empreendimento La Vue, situado em um bairro histórico de Salvador, no qual teria um apartamento.

O pedido de investigação sobre as ameaças foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dentro do inquérito sobre os R$ 51 milhões em dinheiro vivo apreendidos pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador, posteriormente atribuídos à família Vieira Lima.

Aliado solto

Fachin acatou um pedido da defesa de Gustavo Pedreira de Couto Ferraz e revogou a prisão domiciliar do aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ferraz foi preso em 8 de setembro após a Polícia Federal encontrar vestígios de suas digitais em algumas notas dos R$ 51 milhões apreendidos em um apartamento de Salvador durante a operação Tesouro Perdido. Ele estava em domiciliar desde o mês de outubro.

Mesmo com a decisão de Fachin,  Ferraz ainda permanece em casa com sua tornozeleira porque nenhum dos órgãos notificados pelo ministro cumpriram o alvará de soltura. O documento foi encaminhado ao diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia e ao secretário de Administração Penitenciária da Bahia Nestor Duarte Guimarães Neto.

Os advogados Pedro Machado de Almeida Castro e Octávio Orzari, que representam Ferraz,  tentam desde outubro do ano passado revogar a prisão do ex-chefe da Defesa Civil da Bahia. O principal argumento dos defensores era de que Ferraz colaborou com a investigação.

Em pedido encaminhado a Fachin na última quinta-feira, 1, os advogados afirmaram que “a longa duração de sua prisão também passa a ser um argumento (que ganha força a cada dia que se passa) para a concessão da liberdade, considerando que já está preso há mais de 4 meses, sendo que, jamais demonstrou qualquer risco à sociedade ou ao processo”.

Ferraz confessou à PF que buscou malas de dinheiro em um hotel, em São Paulo, para o ex-ministro, em 2012, no âmbito das eleições municipais. Ele diz nunca ter ido ao bunker dos R$ 51 milhões em Salvador, mas alegou que a viagem à capital paulista pode explicar o fato de suas digitais terem sido encontradas nas cédulas.

Em depoimento, Ferraz disse acreditar que “suas digitais foram identificadas no material encontrado durante a busca, uma vez que no ano de 2012, a pedido de Geddel Vieira Lima, transportou de São Paulo para Salvador dinheiro de contribuição para campanhas do PMDB da Bahia”.

Ele ainda diz que  Geddel “disse à época que o dinheiro seria utilizado nas campanhas dos Prefeitos e vereadores do PMDB no Estado da Bahia”.

Ferraz contou à PF que foi informado pelo ex-ministro de que “a entrega do dinheiro seria intermediada por uma outra pessoa” com quem ele deveria se encontrar em um hotel.

Ele alega que foi até o hotel indicado e se encontrou com a pessoa – não identificada em seu depoimento – e que, com ela, foi até um escritório “sem identificação externa’ aonde aguardou em uma sala de reuniões até pegar, junto a outro interposto, uma mala de dinheiro de ‘tamanho pequeno, compatível com as permitidas no interior de aviões”.

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