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Esporte Tite completa três anos na Seleção Brasileira e vai de ídolo nacional a alvo de vaias

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Tite comentou sobre as perspectivas da equipe brasileira. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Tite foi de intocável a reles mortal. Nesta quinta-feira (20), o técnico completou o terceiro ano à frente da seleção justamente quando é alvo de maiores pressões externas e contestações. A data chega durante a Copa América no Brasil, após o 0 a 0 com a Venezuela.

Em 20 de junho de 2016, ele recebia um beijo no rosto do então presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, ganhava uma camisa de presente para sua mãe, Dona Ivone, e proferia aos jornalistas as primeiras palavras no cargo. O salto de qualidade nas atuações da equipe, de forma quase instantânea, alçaram o técnico à condição de ídolo nacional.

Três anos depois, ele deixou a Fonte Nova sob vaias. A seleção só acertou uma finalização a gol em 19 tentativas, encerrando os 100% de aproveitamento do técnico em casa, após 12 jogos. Sem provocar o mesmo fascínio de antes, Tite prometeu melhora:

“Temos obrigação, sim, de jogar melhor e ter o resultado. A expectativa é que a seleção evolua no decorrer da competição. Vamos evoluir. Podem me cobrar.”

Derrotas são raras, é bem verdade. Em três anos, foram só duas nas 38 vezes que o Brasil entrou em campo — a mais doída para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo. Mas as vaias à seleção nos primeiros jogos na Copa América são o desabafo de uma torcida que espera a rearrumação do time no ciclo que se iniciou após a eliminação na Rússia. Dos titulares na Fonte Nova, oito são convocados desde que Tite assumiu. O trabalho não está começando do zero.

Quebra-cabeça no ataque

Por enquanto, a retomada das boas atuações não vingou, especialmente no ataque. As tentativas quase desesperadas de variação contra a Venezuela apontam que ainda não há uma confiança cega em uma formação ofensiva. Com o desempenho ofensivo irregular, a equipe corre risco até de terminar em terceiro no Grupo A.

Para ser primeiro sem depender de outros resultados e cruzar com um adversário teoricamente mais fácil nas quartas de final, o Brasil enfrentará o Peru, na sábado (22), na Arena Corinthians, com a obrigação de vencer.

O time ideal, sobretudo pela ausência de Neymar, ainda é um quebra-cabeça em processo de montagem. O atacante, por si só, mexeu com as bases da seleção pelo comportamento em campo e pelos problemas fora dele. O técnico apostou no craque como capitão, mas ficou na parede diante de um soco dado pelo jogador em um torcedor e lhe tirou a faixa. Mas nem o episódio fez com que Tite deixasse de derramar elogios a Neymar. A cortesia se estende ao pai do jogador.

Defensor de trabalhos a longo prazo, Tite também se vê num cenário de dificuldade para reencontrar o ponto de equilíbrio no meio. Nomes importantes ficaram pelo caminho, como Paulinho e Renato Augusto. O momento atual demanda adaptação a um esquema tático novo, já que o 4-1-4-1 deu lugar ao 4-2-3-1, e a busca pelo sucesso da conexão entre o que Tite tem na cabeça e a prática da seleção com novatos.

Na criação, Coutinho ganhou liberdade. Ele e Richarlison foram os que mais vezes estiveram em campo no momento em que os gols do Brasil saíram no pós-Copa: em 12 jogos, 21 dos 28 gols. Olhando o cenário geral desde a chegada de Tite, Coutinho é o terceiro principal artilheiro da seleção, com 12 gols, ficando atrás de Neymar (14) e Gabriel Jesus (16).

Defesa a Fernandinho

Além da queda de desempenho da seleção, Tite nestes três anos comprou o barulho de Fernandinho e acumula desgaste por isso. O treinador convenceu o volante a voltar ao grupo depois de ele pedir afastamento após a eliminação na Rússia. Na estreia na Copa América, Fernandinho foi titular. Contra a Venezuela, a entrada dele no segundo tempo foi o estopim para intensas vaias: a torcida esperava mexida mais ousada.

Tite também tem sido um valioso porta-voz para a CBF. E isso se viu no primeiro dia de trabalho, esquivando-se de perguntas sobre Del Nero. Embora veja crescer o fim do encantamento do torcedor com o técnico, a entidade não dá sinais de demissão. O presidente Rogério Caboclo assegura a manutenção de Tite até 2022: por não querer jogar por terra o discurso de continuidade e também por falta de um substituto à altura.

 

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