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Geral O temperamento explosivo da mulher do ex-governador Sérgio Cabral fazia tremer o palácio do governo

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Relação de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo sempre foi muito intensa, marcada por grandes brigas. (Foto: Marcos D'Paula/AE)

Considerada intratável pelo entorno do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e conhecida pelo ciúme excessivo, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo ganhou destaque como personagem central do esquema de corrupção que teria desviado pelo menos 224 milhões de reais em contratos com empreiteiras. O escândalo revelou uma rotina de alto luxo e levantou a suspeita de lavagem de dinheiro por meio da compra de joias. A Justiça determinou a prisão de Adriana e Cabral virou réu por quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.

A relação de Cabral e Adriana sempre foi muito intensa, marcada por grandes brigas. Políticos, pessoas próximas e funcionários do Palácio Guanabara descrevem a ex-primeira-dama como uma pessoa muito ciumenta e que enfrentou crises de depressão.

Um amigo muito próximo do casal assim a define: “Extremamente inteligente e rápida no raciocínio. Sabe tudo sobre as operações de Cabral. Era simples, quando queria. E sofisticada também, dependendo da ocasião. É depressiva e vive à base de remédios. O uso de joias foi aumentando com o tempo”.

Auxiliares do ex-governador dizem ainda que Adriana despertava medo entre os subordinados. Segundo esses relatos, a então primeira-dama costumava gritar com assessores, mandá-los “calar a boca”, e dava broncas públicas, inclusive em Cabral.

Em público, Cabral tentava enaltecer Adriana e fazia questão de dar demonstrações de amor. “Existe alguém mais bonita do que ela?”, perguntava Cabral, desconcertando interlocutores. As declarações apaixonadas de Cabral à sua mulher eram feitas inclusive em solenidades. Ele gostava de proclamar: “Essa é a melhor advogada do Brasil”.

Dos dez maiores contratos do escritório Ancelmo Advogados, da ex-primeira-dama, nos últimos oito anos, sete, no total de 27,3 milhões de reais, foram celebrados com empresas que receberam, no mesmo período, benefícios fiscais de quase 4 bilhões de reais do governo fluminense. Adriana é investigada pela Operação Lava-Jato por suspeita de usar seu escritório de advocacia para receber propina.

Em meio a uma rotina de luxo, que envolvia viagens internacionais em alto estilo, joias e vestidos feitos sob encomenda, Adriana era carinhosamente chamada de “minha riqueza”, “riquezinha” ou simplesmente “riqueza” por Cabral.

Quando o ex-governador foi preso, sob a acusação de comandar esquema de corrupção que “saqueou” o Estado do Rio de Janeiro, Adriana foi conduzida coercitivamente para depor.

Ela conheceu Cabral na Assembleia Legislativa do Rio, em 2001. Mais precisamente em um dos elevadores, em um encontro fortuito. Ela era assessora da Procuradoria-Geral da Casa, ele, presidente. Ambos eram casados na época. Logo se separaram e foram morar juntos.

Adriana e Cabral se casaram no civil três anos depois, em uma festa descrita como “nababesca” por um dos convidados. A celebração, que ocorreu no Copacabana Palace, foi para quase 1 mil convidados, e os salões foram enfeitados com 4 mil dúzias de rosas vermelhas. Na época, Cabral era senador. Eles tiveram dois filhos.

Cabral e Adriana renovaram os votos de casamento em 2010, em cerimônia para 50 convidados. Tiveram como padrinhos o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. (AG)

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