Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Armando Burd O termômetro na Câmara

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Marchezan Junior irritou-se com herança que prejudica crédito externo da prefeitura. (Foto: Banco de Dados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Ao ser medida, ontem, a temperatura sobre o aumento do IPTU em Porto Alegre, os resultados foram: 1º) a Câmara Municipal não aprovará o projeto nas condições que recebeu. Seriam necessários 24 votos favoráveis que o Executivo não tem; 2º) muitos vereadores têm a certeza de que o prefeito Nelson Marchezan Júnior botou vários bodes na sala e vai tirá-los durante as negociações; 3º) haverá uma enxurrada de emendas; 4º) algumas bancadas querem o enxugamento de despesas e citam a necessidade de envio do projeto para privatizar a Carris, que tem prejuízo anual de 55 milhões de reais.

Cortinas de fumaça

A proposta de privatização da Eletrobras é só a ponta do iceberg. Das 151 empresas estatais, 18 receberão 20 bilhões de reais este ano, do Tesouro Nacional. O valor é idêntico ao aumento do déficit público no orçamento federal de 2017. Uma das estatais é a Empresa de Pesquisa em Logística, criada para desenvolver o projeto impossível do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. Legítima piada. Respostas que a população pagadora de impostos quer ter: qual a função de cada uma das 151 estatais? Por que parte delas é deficitária? Por que não há transparência de seus balanços? Até quando continuará a cortina de fumaça para encobri-las?

Em campanha

Ciro Gomes estará em Porto Alegre, nesta quinta-feira, participando da 1ª Jornada em Defesa do Serviço Público. A programação prevê: caminhada pela rua dos Andradas às 11h; concentração na Esquina Democrática às 12h e palestra no auditório da Assembleia Legislativa às 14h.

Dois lados da moeda

Este mês, completam-se 30 anos do último grande debate sobre o voto facultativo. Foi durante a elaboração da Constituição Federal. Prevaleceu o voto obrigatório, tido pela maioria no Congresso como imperativo do bom senso. Para os parlamentares, a extinção daria lugar ao domínio oligopolista do poder, com a consequente marginalização de uma parcela de cidadãos.
Dependendo dos votos nulos e brancos e das abstenções nas eleições de 2018, o tema voltará à pauta. A classe política precisa enfrentar a causa do desinteresse, que se localiza nos desvirtuamentos da gestão pública, mergulhada em fraudes e corrupção.

Para jorrar dinheiro

Os 3 bilhões e 400 milhões de reais do fundo para financiar as eleições de 2018, proposto pela Comissão Especial da Reforma Política, seria suficiente para comprar 18 mil ambulâncias, ao custo de 200 mil o veículo. A divisão do total entre todos os brasileiros daria 25 reais para cada um. É o valor de 10 quilos de arroz. A maioria prefere pensar no próprio estômago do que alimentar a demagogia.

Nova votação

Em setembro, a vereador Mônica Leal apresentará projeto restabelecendo o nome de Castelo Branco para o trecho de três quilômetros entre a Estação Rodoviária e a ponte sobre o Guaíba. Com base na Lei Orgânica do Município e no regimento interno da Câmara, pretende provar que a troca do nome para Avenida da Democracia e da Legalidade conteve erros processuais.

Tudo para o conforto de poucos

A trampolinagem não está só nos morros do Rio de Janeiro. Os deputados estaduais gastarão 152 milhões de reais na reforma do novo prédio da Assembleia Legislativa. O valor seria suficiente para quitar três meses de salários dos 8 mil e 560 funcionários da Universidade do Estado do Rio. Eles não recebem os vencimentos desde maio. Está pendente ainda o 13º salário de 2016.

Prova de irresponsabilidade

O Departamento Nacional do Trânsito concluiu o levantamento da arrecadação em multas no primeiro semestre deste ano: 4 bilhões e 600 milhões. A maioria por excesso de velocidade. É muita vontade de pôr em risco a vida dos outros.

Não se entendem

Ala do PSDB, que defende apoio a Michel Temer, vai partir para o tudo ou nada. Sinal de que, em breve, veremos o ninho dos tucanos em chamas.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-termometro-na-camara/ O termômetro na Câmara 2017-08-22
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