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Brasil O tipo de câncer que matou o jornalista Marcelo Rezende é difícil de diagnosticar

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Apresentador tinha 65 anos e não resistiu à doença, que tem alto índice de óbitos. (Foto: Reprodução/Instagram)

Os sintomas inexpressivos, o diagnóstico tardio (muitas vezes em estágio avançado) e a ação devastadora são três das principais características do câncer no pâncreas, doença que – somada a tumores no fígado – causou a morte o jornalista e apresentador Marcelo Rezende, 65 anos, no último sábado.

“Se o tumor está localizado na cabeça do pâncreas, a doença normalmente se manifesta por meio de icterícia, caracterizada por aquele amarelado nos olhos, com alteração na coloração da urina e das fezes, além de coceira no corpo”, explica o médico Roberto de Almeida Gil, especializado em oncologia clínica.

“Outros sinais da doença, quando ela se instala no corpo e na cauda do pâncreas, são as dores na barriga e nas costas. Além disso, os pacientes apresentam um emagrecimento muito rápido e até mesmo um diabetes que surge de uma hora para a outra”, acrescenta.

Assim como em outros casos de câncer, o diagnóstico precoce é sempre o ideal para se realizar o tratamento. É por conta da dificuldade de descobrir cedo o problema que a sua taxa de mortalidade é tão elevada. De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos as formas diagnosticadas da doença e por 4% do total de mortes por ela acarretadas no Brasil.

Exame
Por conta da localização “escondida” do pâncreas, que fica atrás de órgãos como o estômago, o diagnóstico da doença pode se dar por exames de sangue e imagem. Mas, a biópsia do tecido do órgão é o que determina a doença e sua gravidade.

“Para se pensar em cura, o ideal é que o paciente faça a cirurgia. Mas nas pessoas com a doença em estágio mais avançado é preciso quimioterapia”, detalha o oncologista Frederico Muller, do Hospital Fundação do Câncer.

Já o oncologista Cristiano Guedes Duque, do Inca, ressalta que nem sempre a cirurgia é o suficiente para a cura. “Quando é possível realizar a operação, é muito comum o câncer reaparecer”, diz ele.

Fatores de risco

Tabagismo: quem faz uso do cigarro e seus derivados tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes.

Excesso de bebidas alcoólicas: o consumo exagerado de álcool pode gerar uma inflamação no pâncreas, quadro que por sua vez evolui para uma pancreatite e, depois, um câncer de pâncreas.

Má alimentação: o consumo excessivo de alimentos gordurosos, enlatados e altamente processados danificam o pâncreas.

Doenças crônicas: pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou no duodeno, que sofreram retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer, têm mais chances de desenvolver a doença

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