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Política O Tribunal Superior Eleitoral cria uma força-tarefa para controlar as doações eleitorais em tempo real e assim conter o crime organizado na política

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Gravação atribuída a juiz responsável pela prisão de Garotinho acusa presidente do TSE de receber para soltar o político: "A mala foi grande". (Foto: STF)

O TSE  (Tribunal Superior Eleitoral) quer ajuda dos órgãos do governo para controlar as doações para campanhas eleitorais em tempo real e, assim, conter a infiltração do crime organizado na política. Há preocupação também com o aumento de crimes cibernéticos, porque o Congresso aprovou novas modalidades de propaganda na Internet.

“Estamos conversando com todas as autoridades da Receita (Federal), do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e estamos tomando todas as cautelas e temos o novo modelo de crowdfunding, que vamos analisar com todo cuidado. Vamos combinar ações que permitam monitoramento quase on-line dessas doações”, disse o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

Gilmar se reuniu  com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para pedir ajuda dos militares na força-tarefa que ele pretende criar com o governo federal e o Ministério Público desde já, um ano antes do pleito, para conter a infiltração do crime organizado na disputa eleitoral.

O TSE já havia pedido ajuda da Abin e da Polícia Federal para investigar a atuação do crime organizado na política em pelo menos 19 zonas eleitorais fluminenses, onde há dificuldades para que os candidatos façam campanhas e até mesmo para a distribuição de urnas para o pleito.

A Justiça Eleitoral está preocupada com o domínio que traficantes e milicianos têm em vários territórios no Rio e com a possibilidade de facções criminosas financiarem ilicitamente candidatos que depois possam facilitar a entrada do crime nos aparelhos de Estado.

“O que tivemos em 2016, o único laboratório concreto que temos, foram 730 mil doadores (para as campanhas), dos quais 300 mil teriam problemas. Isso sugere que está havendo o uso de laranjal, e nesse contexto temos que ter a preocupação com o crime organizado que já dispõe de dinheiro ilícito e faz a distribuição”,  argumentou Mendes.

Jungmann disse que essa atuação do crime é uma grande “ameaça à democracia”. “No Rio é onde você tem mais acabado o estado paralelo, estado criminoso que tem controle do voto, tem controle do território, que coloca criminoso e captura Estado para levar adiante suas atividades criminosas”,  disse o ministro da Defesa.

Crime cibernético

Além da preocupação com o financiamento eleitoral ou mesmo participação de criminosos nas disputas, Jungmann e Gilmar discutiram os riscos dos crimes cibernéticos durante a campanha eleitoral do ano que vem. Será a primeira vez que serão permitidas propagandas pagas nas redes sociais.

“O ministro (Gilmar Mendes) manifestou interesse em fazer um convênio com centro de defesa cibernética do Exército para ajudar no combate desses crimes cibernéticos. Como a nova legislação vai jogar muito peso eleitoral nas próximas eleições nas redes sociais, é importante contar com um comitê que se preocupa com os crimes cibernéticos”,  alertou Jungmann.

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