Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2015
O Universo está morrendo pouco a pouco, de acordo com uma equipe internacional de cientistas, que concluiu que a energia produzida atualmente por 200 mil galáxias é duas vezes menor que há dois bilhões de anos. Os pesquisadores realizaram as medições mais precisas de energia já feitas até agora em uma ampla zona do espaço.
A energia produzida se dividiu em dois nos últimos dois bilhões de anos e não para de cair, concluíram. “A partir de agora, o Universo está fadado ao declínio”, explicou Simon Driver, membro do Centro Internacional de Pesquisas Radioastronômicas da Austrália, que participou do projeto. “O Universo se estirou no sofá, se cobriu com uma manta e se prepara para um sono eterno.”
Os pesquisadores usaram sete dos telescópios mais potentes do mundo para observar durante oito anos galáxias em 21 longitudes de onda diferentes (como as infravermelhas ou as ultravioletas), no âmbito do estudo Gama, feito em colaboração por uma centena de cientistas de mais de 30 universidades australianas, europeias e norte-americanas.
Energia
Os pesquisadores sabem há tempos que o ritmo de criação de estrelas no Universo está em declínio. No entanto, este estudo demonstra que a produção de energia diminui de forma similar nas diferentes longitudes de onda, ressalta Andrew Hopkins, do Observatório Astronômico Australiano. Os cientistas esperam que as informações recolhidas durante as pesquisas também permitam melhorar a compreensão do processo de formação de galáxias. (AFP)