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Música O uso crônico do remédio ingerido por Chris Cornell pode facilitar impulsos suicidas, explica um psiquiatra

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Chris Cornell no festival Lollapalooza em Chicago, nos EUA, em agosto de 2010. (Foto: AP)

O cantor Chris Cornell, de 52 anos, vocalista do Soundgarden, foi encontrado morto no banheiro de um hotel, em Detroit, nesta quarta-feira (17). Há suspeita de suicídio, mas, de acordo com sua mulher, Vicky Cornell, a morte teria sido acidental após a ingestão de doses de Ativan, nome comercial do ansiolítico lorazepam.

“Quando falamos depois do show, notei que ele estava falando de modo diferente cada palavra. Foi no momento que ele me disse que poderia ter tomado um Ativan extra, ou dois, que eu entrei em contato com os seguranças e pedi que eles fossem ao quarto. O que aconteceu é inexplicável e espero que outros relatórios médicos forneçam mais detalhes. Eu sei que ele amava nossos filhos e ele não iria machucá-los intencionalmente tirando a própria vida”, disse a mulher.

De acordo com a psiquiatra Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, o lorazepam tem efeito similar ao clonazepam, mais conhecido no Brasil como Rivotril.

“O lorazepam tem em média uma ação de oito horas. Ele é utilizado para pessoas que têm pânico, para algumas que têm dificuldades de sono, coisas assim. Ele é o famoso ‘tarja preta’ e é semelhante ao Rivotril, que tem uma meia-vida de 20 horas”, disse a psiquiatra.

“O grande problema de quem usa cronicamente essa medicação é que ela pode mascarar quadros depressivos. Então, a pessoa sente angústia, sente desconforto. Assim como algumas pessoas vão para o álcool e outras drogas, podem ir para medicação não adequada para um quadro depressivo. E aí, pode ir causando dependência, porque a pessoa vai tomando cada vez mais, além de mexer em funções cognitivas. O uso crônico dele pode, sim, facilitar impulsos suicidas”, completou Meleiro. A psiquiatra diz que é importante avaliar se a pessoa tem predisposição ao quadro depressivo ao tomar um medicamento como o lorazepam. (AG)

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