Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Ciência O uso de maconha na adolescência é ligado a um risco maior de depressão

Compartilhe esta notícia:

O consumo de drogas ilícitas em locais privados, como os apartamentos em condomínios residenciais, divide opiniões e gera uma série de dúvidas por parte dos síndicos. (Foto: Reprodução)

Cientistas sabem pouco sobre como a cannabis influência o cérebro de adolescentes, quando o órgão ainda está em desenvolvimento. E uma nova pesquisa, que analisou 11 estudos internacionais publicados a partir da década de 1990, apontou que fumar maconha aumentou em 37% o risco de depressão na fase adulta para cerca de 23 mil jovens.

De acordo com o relatório, publicado na JAMA Psychiatry, embora o hábito de fumar não estivesse ligado à ansiedade, os adolescentes que usavam cannabis tinham probabilidade três vezes maior de tentar suicídio. Contudo, os pesquisadores afirmaram que esse cálculo é impreciso: segundo eles, o risco de depressão e pensamentos suicidas é modesto, cerca de 7%. Mas isso não significa que não vale a pena ser considerado, especialmente dada a popularidade da maconha entre os jovens.

“Nossas descobertas sobre depressão e tendências suicidas são muito relevantes para a prática clínica”, disse Andrea Cipriani, psiquiatra da Universidade de Oxford, no Reino Unido. “Embora os efeitos negativos da cannabis possam variar entre adolescentes, e não é possível prever o risco exato para cada um, o uso disseminado de cannabis pelos jovens faz com que seja um problema de saúde pública.”

Os resultados são apoiados por alguns estudos anteriores. Para os pesquisadores, isso sugere que, mesmo na idade adulta, os fumantes de maconha enfrentam risco moderado de desenvolver depressão.

Ainda assim, não há evidências claras de que o uso de cannabis cause diretamente o problema. A explicação é mais complexa: fumar maconha, por exemplo, também está associada a fatores que aumentam o risco de depressão, como dificuldades na escola e desemprego. Além disso, adolescentes ou adultos podem fumar maconha para lidar com sintomas depressivos, não necessariamente causados ​​pela erva.

De acordo com os cientistas, é um assunto difícil de pesquisar, visto que há valores morais para testar a maconha em adolescentes. Como resultado, a maioria dos estudos é feito em animais.

Cana-de-açúcar

A Amyris já trabalha com leveduras geneticamente modificadas que excretam moléculas projetadas para fabricar adoçantes e produtos de cuidados com a pele. Agora, a empresa planeja usar essa tecnologia de fermentação para converter o xarope de cana-de-açúcar em ingredientes ativos encontrados na maconha, informou a empresa com sede na Califórnia em um comunicado divulgado na terça-feira. Esses ingredientes podem ser usados em bens de consumo como bebidas, cremes para a pele e desodorantes.

O foco inicial do projeto é produzir CBD (canabidiol), a molécula usada para tratar condições médicas como ansiedade e insônia. Mas a Amyris e suas parceiras, que não foram reveladas, buscam diversas moléculas de canabidiol que têm usos médicos e terapêuticos sem serem psicoativas, disse a porta-voz Beth Bannerman por telefone. O THC, a molécula alucinógena que causa barato nas pessoas, não é um dos focos, disse ela.

A Amyris chegou a subir 50% com a notícia, a maior alta desde que as ações começaram a ser negociadas em 2010.

“Assim como nossas parceiras, temos a missão de nos tornar líder em produtos CBD de fontes sustentáveis no curto prazo, e nosso foco é viabilizar os mercados globais de bebidas e cuidados com a pele”, disse o CEO da Amyris, John Melo, em comunicado.

Projetos rivais

O empreendimento da Amyris soma-se a dois acordos menores anunciados em setembro que também pretendem fermentar canabinoide. A produtora de maconha Cronos Group fez uma parceria de US$ 122 milhões com a Ginkgo Bioworks, e a Organigram Holdings anunciou um investimento estratégico de 10 milhões de dólares canadenses (US$ 7,6 milhões) na Hyasynth Biologicals.

Ao produzir CBD e outros canabinoides em um processo de fermentação, as fabricantes podem controlar a qualidade e a dosagem, informou a Amyris. Retirar as plantas desse processo garante que as moléculas estarão completamente isentas de pesticidas.

As moléculas de maconha produzidas pela Amyris poderiam ser usadas na oferta atual de produtos da empresa, disse Bannerman. A Amyris fabrica Biossance, uma linha de produtos para a pele vendida nas lojas de cosméticos Sephora, e lançou recentemente um adoçante sem caloria para bebidas.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Ciência

A Cidade Proibida da China será aberta ao público à noite pela primeira vez em 94 anos
A Justiça inocentou o ex-deputado Jean Wyllys por chamar Bolsonaro de “racista” e “corrupto”
https://www.osul.com.br/o-uso-de-maconha-na-adolescencia-e-ligado-a-um-risco-maior-de-depressao/ O uso de maconha na adolescência é ligado a um risco maior de depressão 2019-02-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar