Tecnologia O WhatsApp sofreu bloqueio total na China
Por Redação O Sul | 1 de outubro de 2017
A semana não começou bem no cenário internacional para o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, cuja rede social está sofrendo reveses em duas frentes: na China, o WhatsApp – único produto do Facebook a operar relativamente sem impedimentos no país – foi completamente bloqueado, sob especulações de que o governo estaria atacando o aplicativo de mensagens. Já a Rússia ameaçou bloquear o acesso ao Facebook no próximo ano, se a empresa não passar a armazenar seus dados no país.
Diversos usuários do aplicativo de mensagens instantâneas, que tem mais de um bilhão de clientes em todo o mundo, disseram que o serviço foi totalmente interrompido no domingo.
A medida faz parte de uma estratégia do país, que costuma bloquear o acesso a sites e aplicativos por curtos períodos de tempo, para que a interrupção intermitente desencoraje usuários de usar aquelas redes e sites.
Essa, porém, não é a primeira vez que o WhatsApp é retirado do ar na China. O aplicativo foi interrompido diversas vezes nos últimos meses, com os usuários reclamando que não puderam enviar vídeos e imagens sem usar uma rede virtual privada, que contorna o firewall chinês.
Até então, porém, o serviço costumava a voltar ao normal rapidamente. Esta é a primeira vez que o app ficou completamente offline. A medida representa ainda mais um contratempo para Zuckerberg, que vinha tentando expandir suas operações no país. Desde 2009, o Facebook já havia sido bloqueado, e, em 2014, foi a vez de o Instagram ser impedido no país. O WhatsApp se recusou a comentar.
Rússia
Na Rússia, o Facebook ainda não é bloqueado, mas corre o risco de ser. Segundo Alexander Zharov, diretor-executivo da Agência Federal de Comunicações, informou na manhã desta terça-feira, o país fará de tudo para fazer o Facebook “cumprir a lei” de dados pessoais russa, que obriga empresas estrangeiras a armazená-los em agências de inteligência locais. A lei, que entrou em vigor em 2015, foi duramente criticada por potencialmente expor os dados dos usuários a essas agências.
Mesmo assim, Zharov disse que o governo russo entende que o Facebook é um “serviço único”, mas que não fará exceções e terá que bloqueá-lo ano que vem, caso a empresa não se adeque às regras.
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