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Por Redação O Sul | 31 de julho de 2015
Em junho, a produção industrial gaúcha caiu pela terceira vez seguida em comparação ao mês anterior, totalizando 40,4 pontos, e a UCI (Utilização da Capacidade Instalada) atingiu o maior nível de ociosidade em cinco anos, operando com apenas 65% do seu potencial. A redução do emprego também se aprofundou nesse período (40,5 pontos). As conclusões da Sondagem Industrial da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
“Os resultados reafirmam o cenário de grandes dificuldades enfrentadas pelo setor diante da falta de demanda e do aumento de custos impostos pelo ajuste econômico em curso. Sem qualquer perspectiva de reversão desse quadro, o pessimismo dos empresários se dissemina. Não existe ambiente que permita uma recuperação no curto prazo”, destacou o presidente da entidade, Heitor José Müller.
A demanda interna insuficiente, apontada por 50,7% das empresas, foi a principal causa do fraco desempenho do setor no segundo trimestre, seguida da elevada carga tributária (39,1%) e da falta ou alto custo da energia (35,6%). Nesse cenário desfavorável, a pesquisa apontou que as insatisfações com a margem de lucro (31,9 pontos) e com a situação financeira (38,4 pontos), além da dificuldade de acesso ao crédito (29,9 pontos), nunca foram tão grandes. Já os preços das matérias-primas (63,9 pontos) seguiram em elevação.
O levantamento varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Valores a partir de 50 significam maior satisfação e abaixo, insatisfação. Apenas as variáveis de estoques em comparação ao planejado e de UCI acima do usual são avaliadas como negativas depois dos 50 pontos. No caso da intenção de investir, quanto menor o número, menor a propensão dos empresários a investir.