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Brasil Oito deputados federais querem ser presidente da Câmara

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Parlamentar do DEM-RJ costurou acordo com o PSL de Bolsonaro. (Foto: Câmara dos Deputados)

O peso do DEM na montagem do futuro governo e a distância regulamentar mantida por Jair Bolsonaro (PSL) em relação Rodrigo Maia (DEM-RJ) têm estimulado aliados do presidente eleito a articular nos bastidores, de olho no comando da Câmara dos Deputados.

A lista de concorrentes cresce a cada semana e já conta com pelo menos oito nomes atuando em articulações de bastidores: João Campos (PRB-GO), Alceu Moreira (MDB-RS), Capitão Augusto (PR-SP), Fernando Giacobo (PR-PR), Fábio Ramalho (MDB-MG), João Henrique Caldas (PSL-AL), Delegado Waldir (PSL-GO) e, é claro, o ainda favorito Rodrigo Maia, que busca a reeleição para a chefia da Casa.

Bolsonaro chegou a dizer que não pretende interferir nas eleições na Mesa do Legislativo, mas na semana passada deu a Maia um recado sugestivo: “Há outros candidatos muito bons”. Ele é simpático a Alceu Moreira, João Campos e Capitão Augusto, respectivamente líderes das bancadas ruralista, evangélica e da segurança. Aliados do atual presidente da Câmara dizem que os oponentes, por enquanto, não ameaçam a sua vantagem e apostam que não conseguirão aglutinar apoio fora de seus próprios nichos.

Maia, entretanto, está em alerta. Nesta terça-feira, ele vai oferecer um jantar para aproximadamente 40 deputados novatos, em um encontro que deve servir de “pontapé oficial” para a sua campanha de permanência no cargo, que ocupa desde julho de 2016, ao ser eleito para um mandato-tampão após a renúncia de Eduardo Cunha (MDB-RJ), que depois seria preso por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Aos 48 anos, Maia se encaminha para o seu sexto mandato parlamentar consecutivo.

Rodrigo Maia não está entre os preferidos de Bolsonaro, mas também não é hostil a ele. O presidente da Câmara dos Deputados apoia a agenda econômica do futuro “superministro” da Economia Paulo Guedes e promete dar suporte, junto aos colegas, para a votação da reforma da Previdência. Mas o seu bom trânsito entre partidos de esquerda (como PT e PCdoB) gera desconfianças entre os bolsonaristas.

“Maia não é o preferido pelo PSL e nem da oposição, no enanto é o único aceito por ambos”, ressalta o deputado paraibano Efraim Filho, ex-líder do DEM na Câmara. “Essa capacidade de diálogo faz muita diferença no comando do Parlamento. Para o governo, sempre interessa ter uma pessoa que converse com todos.”

Adversários

Para o potencial adversário João Campos (PRB-GO), a principal fraqueza de Maia é que o DEM tem dois ministros confirmados no futuro governo, Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Tereza Cristina (Agricultura) – também pode emplacar Luiz Henrique Mandetta na pasta da Saúde. Na sua avaliação, pesará o receio dos outros partidos de fortalecer o DEM. “Não sei se atrapalha, mas não ajuda”, considera.

Campos tem uma articulação cada vez mais visível nos corredores da Câmara dos Deputados. Na última terça-feira, ele reuniu um grupo de 15 aliados e engatou uma oração em pleno Salão Verde. Além da bancada da Bíblia, Campos (que é delegado) atua como vice-presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, a chamada “bancada da bala”, e tem uma relação próxima com Bolsonaro – no último mês, esteve três vezes com o presidente eleito.

Na mesma bancada há outro amigo do presidente eleito que está na disputa pelo comando da Casa: Capitão Augusto (PR-SP). Ele aposta que o fato de ser de São Paulo e representar os militares pode contribuir para as suas ambições políticas. Já o gaúcho Alceu Moreira (MDB), próximo presidente da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), um dos polos de apoio de Bolsonaro, avalia que a proximidade com o futuro chefe do Executivo não irá ajudar nenhum concorrente. “Isso não é assunto para o presidente da República. Os que interferiram se deram mal”, alerta.

Há divisão no próprio campo de Bolsonaro. O presidente eleito já declarou que o seu partido, o PSL, não deveria ter um representante na disputa. Mas o deputado Delegado Waldir, de Goiás, garante que manterá o seu nome na disputa. Ele menciona como exemplo o próprio Bolsonaro, que obteve apenas quatro votos ao concorrer à presidência da Câmara em 2017, ficando em último entre os seis postulantes (a vitória ficou com Rodrigo Maia, reeleito). “Eu quero ter aqueles ‘dez minutos’ [de destaque] que ele em 2017”, afirma o correligionário.

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