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Armando Burd Onde fomos parar

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O presidente Michel Temer está na corda bamba para se sustentar até 2018. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Os acontecimentos das últimas 48 horas, nos mais altos escalões de Brasília, criaram as condições para a proclamação da República Federativa do Bate-Boca. Os fundamentos passam a ser o diz que disse, a lambança, o desmentido, a jactância e a confusão.

DETERIORAÇÃO

A pauta nacional gira em torno da falta de credibilidade de parte da classe política, as próximas eleições sob clima tumultuado, as delações premiadas, as prisões, as condenações e as acusações contra o presidente da República.

Quando serão enfrentados os problemas da sociedade, envolvendo a prestação de serviços em troca do pagamento de impostos pesados?

NÃO É O PRIMEIRO

O presidente Michel Temer está na corda bamba para se sustentar até 2018. Mesmo com os votos para impedir o andamento do processo, não fugirá da Sarneyzação. O termo foi usado pelo ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, responsável pela política do feijão com arroz, nos estertores do governo Sarney.

AVALIAÇÃO EXATA

O coordenador da Operação Lava-Jato, procurador Deltan Dallagnol, compara o roubo do dinheiro público a assassinatos em série: “Mata, sorrateiramente, milhares de pessoas em estradas esburacadas, hospitais sem remédios e ruas sem segurança”.

HÁ 10 ANOS

A 28 de junho de 2007, o governo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa projetos de lei que destinavam 100 por cento dos recursos previstos com a venda de ações preferenciais do Banrisul para a constituição de dois fundos previdenciários. Um receberia 90 por cento do resultado da alienação dos papéis do banco e cobriria uma parcela mensal da folha de inativos por pelo menos sete anos. O Fundo de Garantia da Previdência Pública Estadual seria constituído com os 10 por cento restantes para cobrir a aposentadoria de novos servidores públicos.

Após a aprovação, o valor de 1 bilhão e 200 milhões de reais, destinado a um dos fundos, acabou sendo desviado para financiar a ligação asfáltica de pequenos municípios com rodovias estaduais e federais. Prova de que a garantia dos servidores públicos acabaram sendo deixada de lado.

DENTES AFIADOS

Líderes partidários reuniram-se ontem em Brasília para tratar da realização de plebiscito em 2020. Querem consultar a população sobre a forma de financiamento de campanha eleitoral. Perda de tempo e dinheiro. Arrancar mais dinheiro do Tesouro Nacional é inconcebível. O País vive sua pior crise em consequência da corrupção e do esbanjamento às vésperas de eleições. Candidatos deverão apertar o cinto e se submeter à dieta rigorosa, situação que grande parte da população se submete por falta de empregos.

RETRATOS

Na década de 1970, o setor público investia o equivalente a 5 por cento do Produto Interno Bruto. Os impostos aumentaram, mas atualmente a taxa não passa de 1 por cento, incluindo municípios, estados e governo federal. Nem de longe existe a preocupação de reduzir desperdícios, simplificar a estrutura e melhorar os processos.

TROCA

No começo do governo Sartori, PPP (Parceria Público Privada) era apontada como solução dos males. Agora virou sigla de Problema Para Postergar.

CONTINUIDADE

A Operação Lava-Jato puxou um novelo que escancarou a corrupção. Outros virão.

EXTREMOS

Na Política, é comum acender uma vela à eficiência e uma fogueira à sandice.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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