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Mundo A ONU considerou vergonhosos os insultos do presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao Haiti e a África

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Trump se complica pelas palavras mais uma vez. (Foto: Reprodução)

Uma autoridade de direitos humanos da ONU chamou de “racistas” e “vergonhosos” os insultos do presidente dos EUA, Donald Trump, a Haiti e países africanos. Em reunião com congressistas, o presidente teria usado o termo ofensivo “países de merda”, em tom agressivo, para argumentar contra o restabelecimento de proteções para imigrantes como parte de um acordo bipartidário. E, então, sugeriu que os Estados Unidos deveriam, em vez disso, trazer mais pessoas de países como a Noruega.

“Se forem confirmados, são comentários chocantes e vergonhosos por parte do presidente dos Estados Unidos. Perdão, mas não existe outra palavra do que ‘racistas'”, declarou o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, em coletiva de imprensa em Genebra.

Os comentários deixaram os congressistas presentes no encontro surpresos, de acordo com pessoas familiarizadas com os comentários. E também geraram repúdio imediato.

“Por que estamos com todas essas pessoas destes países de merda vindo aqui?”, questionou Trump (citando a palavra shithole), que, de acordo com as fontes, referia-se aos países africanos e ao Haiti. “Por que queremos pessoas do Haiti aqui?”

No Twitter, o presidente do Comitê Nacional do Partido Democrata, Tom Perez, que é filho de imigrantes da República Dominicana, rebateu a frase do presidente: “Meus pais vieram de um desses países”, escreveu.

Em dezembro, o “New York Times” afirmou que Trump é acusado de insinuar que os imigrantes haitianos “todos têm Aids” e que os nigerianos “deveriam voltar para suas cabanas”.

“Os comentários do presidente são mais uma prova de que sua agenda de ‘fazer os EUA grandes de novo’ é na realidade ‘fazer os EUA brancos de novo’ “, disparou o deputado Cedric Richmond, líder do caucus (bancada) negro da Câmara dos Representantes.

A União Africana disse que estava francamente alarmada pela linguagem vulgar de Trump para se referir às suas nações e ao Haiti. A porta-voz da organização internacional disse que as declarações do chefe da Casa Branca ferem a visão global de diversidade, direitos humanos e compreensão mútua.

“Tendo em vista a realidade histórica de muitos africanos que chegaram aos EUA como escravos, esta declaração vai de encontro a todos os comportamentos e práticas aceitos”, disse a porta-voz, Ebba Kalondo.

O governo do Haiti considerou inaceitáveis as declarações do presidente Donald Trump, que teria se referido a essa e outras nações como “países de merda”.

“O governo haitiano condena com a maior firmeza essas declarações desagradáveis e abjetas que, se provadas, serão inaceitáveis em todos os sentidos porque refletem uma visão simplista e racista completamente equivocada”, assinalou Porto Príncipe em um comunicado.

Um porta-voz da Casa Branca se recusou a comentar as palavras usadas por Trump. Dois dias antes, o presidente anunciara o fim do programa que permite a permanênca de 200 mil salvadorenhos afetados por terremotos em 2001. Após dois terremotos atingirem o país em 2001, os cidadãos ganharam a permissão para trabalhar e morar temporariamente nos EUA. Agora, eles precisarão deixar o país até setembro de 2019, segundo autoridades do Departamento de Segurança Interna, ou ajustar suas condições legais. Antes de El Salvador, Haiti e Nicarágua já haviam perdido os mesmos direitos.

As ofensas de Trump teriam vindo após os senadores republicanos Lindsey Graham e Richard Durbin terem proposto cortar em 50% o Programa de Diversidade de Vistos — um sistema que sorteia 50 mil green cards anualmente para diversificar a população de imigrantes no território americano. Em seguida, o objetivo seria priorizar os países já no sistema, disse um funcionário da Casa Branca.

Ao delinear um possível acordo bipartidário, os congressistas discutiram a restauração de proteções para países que foram removidos do programa. Ao mesmo tempo, negociam US$ 1,5 bilhão para um muro na fronteira com o México e modificações no sistema de loteria de vistos.

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