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Brasil Nova fase da Operação Lava-Jato mira grupo JBS, dono da Friboi, e prende doleiro ligado a Eduardo Cunha

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A PF cumpriu mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Brasília (Foto: Wesley Rodrigues/AG)

A PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Sépsis, uma nova etapa da Lava-Jato, na manhã desta sexta-feira (01). Um dos alvos da ação é a empresa JBS, dona da Friboi. A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavaski, relator da Lava-Jato, e tem como base a delação do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, aliado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No total, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, sendo 12 em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, três em Pernambuco e dois no Distrito Federal. Foi preso o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, ligado Cunha e que vinha tentando negociar um acordo de delação com a PGR (Procuradoria-geral da República). Há suspeitas de que a JBS tenha pago propina, por meio de Funaro, para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, liberados por influência de Cleto. Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na Eldorado, braço de celulose da J&F Investimentos, grupo dono da JBS.

Cleto afirmou em sua delação que havia um esquema de pagamentos de propina para liberação de recursos do FI-FGTS e que o dinheiro era dividido entre ele, Cunha e Funaro. Outro alvo de buscas é o empresário Henrique Constantino, herdeiro da Gol Linhas Aéreas.

O Supremo também autorizou busca e apreensão na casa e no escritório do lobista Milton Lyra, ambos em Brasília. Miltinho, como é conhecido, já foi citado por delatores como operador do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Postalis, o fundo de pensão dos servidores dos Correios.

Em outra delação, a do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o executivo disse ter ouvido de vários senadores que o grupo JBS faria uma doação de R$ 40 milhões para abastecer as campanhas de candidatos do PMDB ao Senado. (Folhapress)

 

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