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Brasil Operação da Polícia Federal mostra que uma prefeitura pagava 12,15 reais pela unidade de ovo

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Polícia investiga envolvimento de 13 prefeitos e 4 ex-prefeitos na operação nomeada como Prato Feito. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Uma operação da PF (Polícia Federal) que investiga suspeita de desvio de verbas na merenda em São Paulo, Paraná, Bahia e no Distrito Federal apontou que a prefeitura de Tietê (SP) chegou a pagar R$ 12,15 a unidade do ovo. O relatório divulgou ainda um superfaturamento de, no mínimo, R$ 366 mil. A investigação da Polícia Federal, que durou três anos, apurou fraude nas licitações do fornecimento de merenda escolar, uniforme, material e até limpeza de escolas públicas municipais.

Há indícios de envolvimento de 13 prefeitos e 4 ex-prefeitos na operação nomeada como Prato Feito. As empresas pioneiras de um esquema conhecido como “máfia na merenda”, entre os anos de 1999 e 2000, estão por trás das fraudes descobertas atualmente, diz a Polícia Federal.

Em Tietê, a fiscalização apontou “preços exorbitantes” pagos pela prefeitura e que a empresa Coan diminuía ou não fornecia os alimentos previstos nos cardápios e quando fornecia, não eram nas quantidades declaradas. Segundo o relatório, os responsáveis pela empresa são pai e filho e faziam pesquisa prévia dos preços, permitindo que o contrato já se iniciasse superfaturado.

Valor baixo

Entre as cidades em que a Polícia Federal fez buscas e apreensões está Laranjal Paulista (SP). De acordo com a investigação, Alziro Cesarino, secretário de Esportes e Lazer da cidade, e representante dos interesses do atual prefeito Alcides de Moura Campos Júnior (PTB), solicitou vantagem indevida a um empresário, que seria líder da associação. O relatório da denúncia mostra que Campos Junior achou o valor da propina repassada pelo empresário, no valor de R$ 5 mil, baixa e pediu mais.

“O doutor, ele não gostou muito pelo valor sabe? Ele falou p***, mas só cinco mil?… Mas, Caramba. Alziro, tem gente aqui que tá dando R$ 30 mil, R$ 40 mil e vai ter um lucro anual de R$ 400 mil, cara. Será que ele não pode ajudar mais”, descreve a investigação em trecho de conversa telefônica entre Cesarino e o responsável pelo pagamento.

A Prefeitura de Laranjal Paulista informou, por telefone, que não vai se pronunciar sobre o assunto. As defesas de Campos Junior e Cesarino não foram encontradas. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Tietê, Boituva e Laranjal Paulista. Em Tietê foram cumpridos 19 mandados, em Laranjal Paulista foram quatro e em Boituva um mandado.

Segundo a PF, os grupos criminosos agiriam contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações que usavam recursos federais. Esses contratos eram feitos para fornecer merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços a escolas municipais.

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