Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2015
Os delatores do esquema de corrupção na Petrobras e parte das empresas envolvidas já devolveram, através de acordos, o equivalente a um terço dos 7,2 bilhões de reais comprovadamente desviados para pagar propina a políticos e dirigentes da estatal. Em 33 delações premiadas e três acordos de leniência, foram devolvidos 2,4 bilhões de reais.
Juntas, as três empresas que já assinaram acordos – Setal, Camargo Corrêa e SBM – devolveram 1,64 bilhão de reais, mais da metade do valor recuperado pela Justiça. Entre os delatores, quem mais devolveu dinheiro até agora foi o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que sozinho entregou 97 milhões de dólares, o que corresponde a 381,1 milhões de reais. A segunda maior quantia foi devolvida pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa: o equivalente a 101,3 milhões de reais.
Esse dinheiro fica, inicialmente, à disposição da Justiça. O juiz Sérgio Moro tem determinado que todos os valores confiscados retornem aos cofres dos órgãos lesados. No caso da Petrobras, já foram feitas duas devoluções, que somam 296 milhões de reais.
“Para se ter ideia, antes do caso Lava-Jato, tudo que foi recuperado no País e entrou nos cofres públicos, em todos os outros casos [de corrupção] juntos, somam menos de 45 milhões de reais”, disse o procurador da República Deltan Dallagnol, um dos porta-vozes da força-tarefa da Operação Lava-Jato. (AG)