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Política “A Operação Lava-jato não parou, nem vai parar”, diz o coordenador da Polícia Federal

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Igor disse que as fases poderiam ter sido deflagradas separadamente, porém admitiu que “os recursos não estão sobrando”. (Foto: Reprodução)

A decisão inédita da PF (Polícia Federal) de juntar duas fases da Lava-Jato (43ª e 44ª) na manhã desta sexta-feira foi justificada pelo delegado Igor Romário de Paula como “otimização de recursos”. Apesar de admitir que a operação sofre com crise de investimentos, o coordenador da operação em Curitiba disse que ela não vai parar.

“A Operação Lava-Jato não parou, não vai parar, não vai parar no Brasil inteiro. Não temos mais espaço para isso no país, vamos continuar trabalhando”,  declarou Igor, durante coletiva de imprensa para detalhar as 43ª (Sem Fronteiras, no Rio) e 44ª (Abate, em São Paulo) fases da deflagradas nessa sexta-feira  uma delas, em São Paulo, prendeu o ex-deputado petista Candido Vaccarezza.

Dos seis mandados de prisão temporária, um em São Paulo e cinco no Rio, três foram cumpridos. Pela Operação Abate, foram presos o ex-deputado Cândido Vaccarezza (em São Paulo) e o ex-gerente da Petrobras Marcio Aché (no Rio). Pela Operação Sem Fronteiras, apenas o ex-operador financeiro Henry Hoyer de Carvalho.

Duas pessoas estavam no exterior e um ex-gerente da Petrobras, Carlos Roberto Martins Barbosa, foi hospitalizado. Por isso, o juiz Sergio Moro revogou o mandado de prisão contra ele, mas segue investigado.

Igor disse que as fases poderiam ter sido deflagradas separadamente, porém admitiu que “os recursos não estão sobrando”. No entanto, elogiou o fato de as fases terem sido resultado de um trabalho conjunto de PF, MPF (Ministério Público Federal) e  RF (Receita Federal) o que, segundo ele, vai continuar.

Igor lembrou ainda que a investigação de hoje, deflagrada a partir da delação de Paulo Roberto Costa, ex-gerente de Abastecimento da Petrobras, reforça a importância do uso de delações premiadas em investigações, apesar de haver “críticas” contra isso.

“Os acordos já firmados servem para dar inicio às investigações. O tema é complexo, a investigação é difícil (…) delações premiadas demoram às vezes para serem corroboradas — disse.

Arquivos

O procurador Paulo Roberto Galvão destacou que arquivos ligados ao lobista Jorge Luz e seu filho, Bruno Luz, serviram de apoio às operações realizadas esta manhã. A atuação dos dois, no entanto, não seria restrita ao contato com o PMDB, como já era conhecido pelos investigadores, mas também envolveria outros partidos.

“Eles tinham conhecimento e participação na destinação e divisão dos valores entre diferentes partidos. Há evidencias de que eles tinham conhecimento de que os valores iam para o PT, o PP e o PMDB”,  declarou.

Durante a 16ª fase da Lava-Jato, um pen-drive em nome de Bruno Luz foi encontrado na casa de Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, contendo planilhas de contratos da Petrobras. Algumas delas mencionavam pagamentos mensais de propina a Henry Hoyer envolvendo navios gregos.

Em seu último depoimento ao juiz Sergio Moro, no mês passado, Jorge Luz confessou ter atuado como intermediário de propina no esquema de corrupção da estatal. Ele disse que ajudou a negociar o pagamento de R$ 11,5 milhões ao deputado federal Anibal Gomes (PMDB-CE) e aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA), entre 2005 e 2006, em troca de apoio aos ex-diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

Galvão não deixou claro se Luz, assim como outros presos pela Lava-Jato, pode receber alguns benefícios pela sua confissão, como ocorreu recentemente com o ex-diretor de Seviços da Petrobras, Renato Duque.

“A gente não fala de negociações de colaboração. O que posso dizer é que há diversas investigações contra Jorge Luz e Bruno Luz que vão além das que já resultaram em ação penal”,  observou.

tags: polícia

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