Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2017
A notícia de que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, prêmio Nobel da Paz, poderia ter recebido US$ 1 milhão de propina da Odebrecht para sua campanha de reeleição, em 2014, causou forte repercussão no cenário político local, nesta quarta-feira (8).
Dois de seus principais opositores, o ex-presidente Andrés Pastrana e a senadora esquerdista Claudia López, pediram a renúncia do mandatário, caso a informação se confirme.
No começo da tarde, Santos divulgou um comunicado afirmando que a única evidência que o Ministério Público tem de tal pagamento seria a denúncia do ex-congressista Otto Bula, e que esta não “é embasada em nenhuma prova documental”.
“É absurdo e inaceitável que personagens de reputação duvidosa, com uma simples declaração, pretendam manchar a campanha de 2014”, diz o texto.
O escândalo estourou na tarde de terça (7), quando o procurador-geral, Néstor Humberto Martínez, tornou público o depoimento do ex-senador Bula, preso em janeiro sob acusação de fazer lobby para que a Odebrecht ganhasse licitações no país.
Bula, que pediu, em troca das declarações, redução de pena e a transferência para uma prisão militar, afirmou ter recebido US$ 4,6 milhões, mas que, deste valor, US$ 1 milhão teria sido entregue ao chefe da campanha eleitoral de Santos, Roberto Prieto Uribe.
Uribe, no entanto, declarou tratar-se de “uma calúnia” e que nem sequer conhecia Bula. “Jamais tomei nem um café com este senhor”, disse. (Folhapress)