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Mundo Oposição exige em protesto eleições locais e presidenciais na Venezuela

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Manifestante usa máscara com as frases "Nós, venezuelanos, morremos de fome" e "Venezuela agoniza" em protesto em Caracas. (Foto: Christian Veron/Reuters)

A oposição da Venezuela foi às ruas nesta segunda-feira (23) em diversas cidades do país para exigir a convocação de eleições locais e a antecipação das presidenciais, a fim de abreviar o mandato de Nicolás Maduro.

A maioria dos protestos terminou em frente às sedes do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão responsável por organizar os pleitos e que deveria ter marcado as votações locais para dezembro passado.

Em todas elas, a intenção era entregar uma carta exigindo as novas eleições. Em Caracas, os principais líderes da MUD (Mesa de Unidade Democrática) deram-na a Luis Emilio Rondón, único opositor entre os cinco reitores do CNE.

Rondón anunciou que o documento deverá ser avaliado na próxima quinta (26), na primeira reunião do órgão em 2017. “Esperamos que nos próximos dias possamos já informar sobre os resultados da discussão.”

Ele recebeu as exigências das mãos do presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges. Além dele, estavam no ato seu vice no Legislativo, Freddy Guevara, e o ex-candidato presidencial Henrique Capriles.

“Hoje estamos em todas as capitais exigindo que haja eleições já. Estamos pedindo o que nunca deve faltar em uma democracia. Se não há voto não pode haver democracia”, afirmou Capriles.

À imprensa, o ex-presidenciável disse que as próximas manifestações serão surpresa para evitar que o governo não dificulte a chegada de seus participantes ou convoque os militantes chavistas para atos de apoio.

Nesta segunda, as autoridades fecharam as estações de metrô próximas aos locais dos atos da oposição, organizou blitze nos acessos a Caracas e demorou para retirar veículos envolvidos em acidentes.

Isso pode ter contribuído para que os atos da oposição reunissem menos pessoas que a celebração do governo pelo Dia da Democracia, que celebra a queda do regime do ditador Marcos Pérez Jiménez (1953-1958).

Divisão

Oficialmente, o CNE deveria ter convocado novas eleições locais em outubro passado, mas o órgão decidiu adiá-las até o primeiro semestre deste ano por falta de recursos. Desde então, sua diretoria não se pronunciou mais.

A oposição afirma que o adiamento ocorreu para evitar uma nova derrota para o governo, como a que ocorreu nas eleições de 2015, na qual a oposição conseguiu ficar com dois terços das cadeiras da Assembleia Nacional.

Apesar de toda a MUD concordar com a convocação de novas eleições, os protestos reforçaram a divisão entre seus integrantes sobre o que se deve fazer para forçar a saída de Maduro do poder antes de 2019.

A ala radical quer fechar a porta para o diálogo com o chavista. “Não podemos assumir uma timidez paralisante que impeça a oposição de ser uma opção confiável de mudança”, disse o opositor preso Leopoldo López.

Seu partido, o Vontade Popular, é contra a mediação da Unasul na crise por considerar que Maduro a usa para se manter no poder. Compartilham da mesma opinião o Ação Democrática e o Vente Venezuela.

Para o diretor do instituto de pesquisa Datanálisis, Luis Vicente León, o protesto reflete a perda da motivação e da esperança dos venezuelanos com uma mudança e o medo produzido pelas ameaças do governo.

“A oposição terá o imenso desafio de reconstruir o ‘timing’ perdido de participação social. Oito de cada dez venezuelanos querem mudança, e em paz, mas a maioria não tem a menor ideia do que fazer para consegui-la.”

(De agências de notícias)

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https://www.osul.com.br/oposicao-exige-em-protesto-eleicoes-locais-e-presidenciais-na-venezuela/ Oposição exige em protesto eleições locais e presidenciais na Venezuela 2017-01-23
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