Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
A oposição venezuelana retorna neste sábado (20) às ruas com a promessa de dar sua “maior demonstração de força” desde o início dos protestos que exigem eleições gerais para retirar do poder o presidente Nicolás Maduro.
Os adversários de Maduro acreditam que a nova manifestação na principal avenida de Caracas deve superar a do dia 19 de abril, a maior da onda de protestos que em sete semanas já deixou 47 mortos, centenas de feridos e quase 2.200 detidos.
De acordo com a ONG Foro Penal, ao menos 161 pessoas estão presas por ordem de tribunais militares.
Enquanto os opositores denunciam uma “repressão selvagem” do governo, Nicolás Maduro acusa a oposição de apelar ao “terrorismo” para dar um golpe de Estado com financiamento dos Estados Unidos.
Assembleia Constituinte
Os protestos vêm ganhando força com a convocação por Maduro de uma Assembleia Constituinte “popular”, na qual metade de seus integrantes seriam escolhidos em setores controlados pelo chavismo.
Em carta enviada a Maduro, a Procuradora-Geral Luisa Ortega, uma chavista histórica que se distancia cada vez mais do governo, estimou que uma Constituinte apenas agravará a crise.
A oposição rejeita a iniciativa por considerar que ela deixaria no limbo sua maior reivindicação, as eleições antecipadas, pois enquanto a Constituinte deliberar, não haveria convocação às urnas e Maduro continuaria no poder.