Mundo Opositores venezuelanos fazem protesto contra Nicolás Maduro
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2019
Grupos de opositores protestaram neste sábado (16) em Caracas, convocados pelo líder parlamentar Juan Guaidó, para demandar mais uma vez a saída do poder do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Com bandeiras da Venezuela e bonés de três cores, os manifestantes se concentraram em pontos como Plaza Altamira, no leste da capital, e pretendem marchar por 3 km até a explanada José Martí, onde Guaidó fará um discurso. “Vamos à rua nos reencontrar juntos exercendo maioria, exigindo a maior reivindicação: a Venezuela”, tuitou Guaidó neste sábado.
Ele demanda que Maduro dê fim à “usurpação do poder” para convocar eleições. Sob o lema “Venezuela toda acordada”, os opositores se reuniram em pelo menos outros cinco pontos da cidade, onde o metrô fechou duas linhas do setor por onde as marchas passarão, sob justificativa de manutenção.
“Viemos com altas expectativas de que seja uma marcha em que não apenas dirigentes políticos subam em um palanque para falar umas coisas e todos voltem para casa”, explicou Omar Kienzler, estudante de direito de 19 anos, na Plaza Altamira.
“Esperamos que sejam dadas declarações fortes, contundentes, que nos deem um caminho para toda Venezuela alcançar o fim definitivo da usurpação”, acrescentou. Maduro também convocou seus correligionários, sob denúncias de que a oposição planeja, com os Estados Unidos, ações violentas para reeditar o “golpe de Estado” que Evo Morales teria sofrido na Bolívia.
“Mobilizados e alertas! As ruas de Caracas se enchem com a alegria de nosso povo para defender seu direito sagrado à democracia, à liberdade, à convivência e à felicidade. Digamos ao mundo que a Venezuela está de pé e em paz, construindo a pátria socialista”, escreveu Maduro no Twitter.
A Venezuela vive uma recessão e inflação há anos, e há uma saída em massa da população do país por causa da pobreza e falta generalizada de produtos. O líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em janeiro e mobilizou opositores.
No fim de abril, ele tentou organizar um levante para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Alguns militares aderiram, mas a maioria dos membros das forças armadas permaneceram fiéis ao regime chavista. Houve confrontos violentos em Caracas, e ao menos cinco pessoas morreram, de acordo com levantamento da ONU (Organização das Nações Unidas). As mobilizações posteriores foram mais fracas.
