Saúde Organização Mundial da Saúde retira o café da lista de alimentos cancerígenos
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2016
A OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou o café da lista de possíveis causadores do câncer de bexiga. O produto permaneceu nesta lista por 25 anos. O Departamento de Pesquisas sobre Câncer da organização deve se pronunciar sobre a revisão e também absolver o produto do risco de provocar outros cânceres, como o de pâncreas e de próstata.
Nos últimos anos, diversos estudos não encontraram relação direta entre o câncer e o consumo de café, tendo encontrado, inclusive, alguns benefícios em relação a alguns tipos da doença.
A reviravolta na OMS vem na esteira da revisão, pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa do Câncer, na sigla em inglês), de mais de mil estudos que não indicavam o café como causador de câncer, conforme detalhes concedidos ao The Wall Street Journal. Pesquisadores da IARC concluíram que “não há evidência de risco cancerígeno oferecido pelo consumo de café”.
Os cientistas constataram que diversos estudos mostravam que o consumo da bebida não oferecia efeitos cancerígenos no pâncreas, mamas e próstata, além de “observar a redução de riscos no câncer de fígado e endométrio uterino”.
Na média, os americanos consomem três copos de café por dia, movimentando 74,2 bilhões de dólares no ano passado, conforme a NCA (Associação Nacional do Café dos EUA, na sigla em inglês). O produto é a bebida mais consumida no país, superando inclusive água de torneira.
Desde 2011, o consumo global tem crescido em média 2,5% ao ano. Mais de 150 milhões de sacas de 60 quilos foram consumidas globalmente em 2014, de acordo com dados da ICO (Organização Internacional do Café).
A IARC, entretanto, passou a apontar o consumo de bebidas muito quentes como “provavelmente cancerígenas”. A agência não especificou o que pode ser considerado “muito quente” e determinou a classificação com base em “evidências limitadas” de estudos sobre o câncer de esôfago na Ásia e América do Sul, onde bebidas são consumidas em uma temperatura média de 70 graus Celsius.
O Instituto Norte-Americano de Pesquisa do Câncer, por sua vez, lista o café como um produto que combate o câncer, diante da variedade de fitoquímicos e compostos biologicamente ativos presentes na bebida.
Um estudo realizado pelo Instituto Dana-Farber de Câncer, publicado em 2015, apontou que o consumo regular de cafeína pode prevenir a reincidência do câncer de cólon após o tratamento e aumenta as chances de cura.
Deixe seu comentário
Últimas
Mundo Parlamento do Reino Unido aprova controvertida lei que prevê expulsão de imigrantes para Ruanda
