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Esporte Os advogados do presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol pedem à Fifa mais tempo para apresentar sua defesa

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Del Nero foi denunciado por participar de um esquema de recebimento de propina com cartolas da América do Sul na venda de direitos de torneios. (Foto: Banco de Dados/o Sul)

Os advogados de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF afastado por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa, pediram uma extensão no tempo do processo de defesa. Os advogados solicitaram que os seus documentos fossem enviados no dia 15 de janeiro para Zurique, sede da Fifa. A entidade máxima do futebol havia dado até quinta-feira para Del Nero apresentar sua defesa em Zurique.

A Fifa suspendeu o presidente da CBF por 90 dias diante das referências à corrupção que foram feitas ao brasileiro durante o processo que julgou e condenou José Maria Marin, ex-presidente da CBF na Justiça dos Estados Unidos. Del Nero, segundo a procuradoria norte-americana, teria recebido US$ 6,5 milhões (R$ 21 milhões) em propinas por contratos de TV e de torneios.

Durante o julgamento, os advogados de Marin tentaram jogar a culpa em Del Nero, argumentando que era ele o real presidente da CBF. Agora, as posições se inverteram. Os advogados de Del Nero insistem que os documentos do processo não trazem provas que vinculem ou provem pagamentos diretos ou indiretos para o seu cliente.

Julgamento de dezembro

Em sua última chance para convencer os jurados do “Caso Fifa” de que José Maria Marin é inocente, o advogado Charles Stillman apelou novamente ao argumento de que o operador da corrupção no futebol brasileiro era o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. A tese foi a principal linha de defesa do ex-dirigente brasileiro durante todo o julgamento em Nova York, nos Estados Unidos, que começou no início de novembro e se estendeu pelo mês de dezembro.

“O futebol brasileiro é uma monarquia, e o rei era o Marin. Daqueles reis que não decidem nada. Marco Polo era o presidente, que fazia as coisas”, afirmou Charles Stillman, advogado de Marin.

Em sua apresentação, Stillman utilizou de documentos apresentados pelos promotores para tentar provar que, no Brasil, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero eram os agentes corruptos no futebol do País. Na dimensão da Conmebol, a defesa de Marin apontou a trinca Julio Grondona (ex-presidente da AFA, morto em 2014), Nicolás Leoz (ex-presidente da Conmebol, que cumpre prisão domiciliar) e novamente Ricardo Teixeira como culpados no futebol sul-americano.

Trechos dos depoimentos das testemunhas também foram revisitados pela defesa de Marin para apontar que Marco Polo Del Nero era o operador da corrupção na CBF.

“Alejandro Burzaco disse aqui para nós que o futebol brasileiro é uma monarquia. Sim! Marin era o rei, daqueles que não mandam em nada. E Marco Polo, o presidente, que decide as coisas”, disse o advogado de José Maria Marin.

Stillman também abordou as acusações referentes à conta da empresa Firelli Limited em nome de seu cliente e afirmou que nenhum documento comprova qualquer irregularidade na conta. Citou também que “não é estranho abrir uma conta no exterior por ser mais conveniente nas viagens e além do mais, a economia brasileira está em colapso”. Também voltou a dizer que Marin é um homem rico antes de ser presidente da CBF, tem um apartamento em Nova York e por isso seria normal que fizesse muitas viagens e compras caras, como mostram recibos apresentados.

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