Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
26°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Os agentes federais deveriam ter prendido em flagrante o emissário que carregava malas com dinheiro. Porém, preferiram seguir o caminho do dinheiro. A estratégia é denominada “ação controlada”, prevista em uma nova lei brasileira

Compartilhe esta notícia:

Operação da Polícia Federal apreendeu 2 milhões de reais. (Foto: Divulgação)

Os agentes federais que testemunharam o momento da entrega da dinheiro da JBS/Friboi a um emissário do senador Aécio Neves (PSDB-MG) deveriam ter prendido o envolvido em flagrante, como manda a legislação ordinária. Porém, em vez disso, preferiram seguir o caminho do dinheiro, monitorado por chips e cédulas numeradas, até o destino final. A estratégia, denominada “ação controlada”, só foi possível por um dispositivo previsto no Artigo 8º da Lei das Organizações Criminosas, que autoriza o adiamento da intervenção policial para que os investigadores possam colher provas mais sólidas.

Até então, o dispositivo da Lei nº 12.850 mais usado na Lava-Jato e operações derivadas era o Artigo 4º, que estabelece as regras da colaboração premiada. No caso do senador Aécio, o Grupo de Inquéritos Especiais da PF foi auxiliado pela tecnologia para comprovar que o destino final do dinheiro acertado pela JBS com Aécio Neves foi a Tapera Empreendimentos Agropecuários, ligada ao senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Como os chips emitem sinais, a PF conseguiu monitorar o caminho das malas de São Paulo até Belo Horizonte. Foram quatro entregas, no valor total de R$ 2 milhões, das quais pelo menos três foram gravadas e filmadas.

Na PF, ações monitoradas são usadas com alguma frequência pelas unidades encarregadas do combate ao tráfico de drogas e organizações criminosas clássicas. No Rio, por exemplo, em investigação sobre a máfia dos caça-níqueis, os agentes permitiram que o contraventor Fernando Ignácio passasse pela Imigração no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro com uma mala carregada de dinheiro porque o objetivo da operação era descobrir quem receberia os valores. A guerra ao crime do colarinho branco, no entanto, abriu caminho para as ações controladas no rastro das propinas.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Gravação de Joesley com Michel Temer é legal, diz o ministro do Supremo Edson Fachin; para o presidente, ela é ilícita
Dono da JBS/Friboi disse que se reuniu com Michel Temer para falar sobre a propina dada a Eduardo Cunha
https://www.osul.com.br/os-agentes-federais-deveriam-ter-prendido-em-flagrante-o-emissario-que-carregava-malas-com-dinheiro-porem-em-vez-disso-preferiram-seguir-o-caminho-dinheiro-estrategia-e-denominada-ac/ Os agentes federais deveriam ter prendido em flagrante o emissário que carregava malas com dinheiro. Porém, preferiram seguir o caminho do dinheiro. A estratégia é denominada “ação controlada”, prevista em uma nova lei brasileira 2017-05-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar