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Mundo Os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levam preocupação e indignação ao FBI, a polícia federal norte-americana

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Relatório confirma que um saudita suspeito de oferecer apoio logístico a dois sequestradores de aviões foi investigado.(Foto: Reprodução)

Nos 109 anos de existência do FBI (polícia federal norte-americana), a organização já foi criticada muitas vezes por abusos de poder, de privacidade ou direitos civis. Por razões que vão do perigo vermelho até gravar e ameaçar expor a conduta privada de Martin Luther King Jr., sem falar em beneficiar-se da espionagem em massa na era digital, o FBI está acostumado a ser alvo de críticas intensas.

O que é tão incomum no momento atual, dizem atuais e antigas autoridades de justiça e da polícia, é a origem dos ataques.

O birô está sendo atacado não pela esquerda, mas por conservadores, que historicamente sempre foram seus maiores apoiadores, e pelo presidente, que escolheu o diretor do FBI a dedo.

Críticos republicanos alegam que a origem da investigação sobre uma possível coordenação entre a campanha de Trump e agentes do governo russo foi contaminada fatalmente pelo viés político de líderes seniores do FBI. E o presidente Donald Trump tuitou no último sábado (3) que a divulgação do memorando sobre essa questão confirma totalmente sua própria posição.

Líderes do FBI dizem que as acusações contidas no documento produzido por republicanos da Câmara de Representantes são inexatas e, o que seria mais nocivo no longo prazo, erodem a capacidade do FBI de continuar a ser independente e fazer seu trabalho.

Um funcionário do setor resumiu o problema com franqueza: “Há muita raiva e indignação. A ironia é que o FBI é uma organização de viés conservador e está sendo criticada destrutivamente por conservadores. No início, o sentimento era apenas de perplexidade. Agora é de indignação, porque as críticas não estão indo embora.”

O diretor do FBI, Christopher Wray, enviou uma mensagem de vídeo na última sexta-feira (2) às pessoas que lidera, pedindo que “mantenham a calma e enfrentam a situação com força”.

“Vocês passaram por muita coisa nestes últimos nove meses, e sei que tem sido perturbador, para dizer o mínimo”, ele disse no vídeo. “E os últimos dias não ajudaram muito a acalmar a situação. Então quero me certificar que vocês saibam qual é minha posição e o que quero que façamos.”
A maioria dos agentes do FBI enxerga sua missão como sendo fundamentalmente apolítica. Trata-se de investigar delitos, mesmo quando ocorrem em campanhas políticas ou no governo.

O FBI é encarregado há décadas de investigar a corrupção no governo, mesmo em seus escalões mais altos, incluindo a Casa Branca. Na década de 1970, sua investigação do arrombamento do edifício Watergate acabou levando à renúncia do presidente Richard Nixon. No final dos anos 1990 o presidente Bill Clinton acabou detestando o então diretor do FBI, Louis Freeh, mas a desconfiança entre os dois não levou o próprio presidente a lançar ataques destrutivos contra a organização.

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, a agência foi reformulada para focar sua atenção principalmente sobre a prevenção de terrorismo, e a confiança pública em seu trabalho cresceu. Nos últimos dois anos, porém, a investigação sobre o uso feito por Hillary Clinton de um servidor de e-mails pessoal enquanto ela foi secretária de Estado e uma investigação separada sobre ligações da campanha de Trump com a Rússia estão pondo à prova a possibilidade de o FBI continuar a contar com a confiança do Congresso, dos tribunais e do país.

A visão de Wray para tirar a agência da situação difícil em que se encontra agora é voltar ao tipo de gestão de baixo perfil favorecida pelo ex-diretor do FBI Robert Mueller 3º. A informação é de várias pessoas que conversaram com Wray sobre os desafios atuais.

Seu predecessor, James Comey, foi demitido por Trump em maio, em meio às tensões crescentes de uma investigação criminal sobre Michael Flynn, ex-assessor de Segurança Nacional de Trump. Na época, Trump chamou Comey de “exibido” e disse que ele queria chamar a atenção para si mesmo.

Faz sentido, portanto, que o sucessor de Comey queira agir com discrição.

Os defensores de Wray dizem que existe uma razão mais estratégica da abordagem seguida pelo novo diretor. Segundo pessoas familiarizadas com seu pensamento, ele acredita que o FBI poderá se orientar no meio das tempestades políticas atuais e recuperar a confiança ampla de todo o espectro político se usar os procedimentos e políticas que sempre foram empregados pelo Departamento de Justiça.
“É importante seguir os processos reconhecidos”, disse uma pessoa. “Os processos podem nos salvar”.

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