Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Os ataques em Barcelona aconteceram em um momento em que a capital catalã vive total êxito

Compartilhe esta notícia:

Bairro da Barceloneta é a área que mais pressão tem sofrido com o excesso de turismo. (Foto: Reprodução)

Os ataques em Barcelona e Cambrils, na Espanha, aconteceram em um momento em que a capital catalã “morre de êxito” – expressão usada na Espanha para se referir a incapacidade de dar conta do próprio sucesso – ao mesmo tempo que tenta reivindicar as Ramblas para os próprios moradores.

O turismo, que movimenta a economia espanhola, ficou grande demais. O alerta veio em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Só até junho deste ano, a Espanha recebeu 36,3 milhões de turistas, cerca de 11% mais que o mesmo período do ano passado. A Catalunha responde sozinha por mais de 23% do total, e recebeu 8,6 milhões de viajantes.

O sentimento antiturismo chegou ao ápice neste verão, junto com a inflação na compra e aluguel de imóveis.

Na última semana, uma manifestação foi realizada no bairro da Barceloneta, em Barcelona, pela plataforma popular “La Barceloneta Diu Prou” (Barceloneta diz basta) dentro da campanha #CapMésEstiuComAquest (nenhum verão mais como este).

Localizado na orla e tradicionalmente um bairro de classe média baixa, Barceloneta é a área que mais pressão tem sofrido com o excesso de turismo desde que a cidade empreendeu a campanha “Barcelona, Posa’t Guapa” (Barcelona, fique bonita), em 2003. Essa campanha marcou a virada definitiva no modelo econômico da cidade, de privilegiar a indústria de serviços e o turismo.

Evitou ataques por 13 anos

A Espanha se manteve de corpo fechado nos últimos 13 anos, escapando de atentados terroristas desde 2004, quando 192 pessoas foram mortas por explosões simultâneas nos trens de Madri. Mais por seu histórico de combate ao terrorismo, pelo qual o país se tornou exemplo global, e não pela falta de tentativas das facções radicais.

Atentados de grande porte foram frustrados em 2008, e ao menos dez planos foram desmontados no ano passado.

As forças de segurança revelaram duas redes, possivelmente enlaçadas com militantes da milícia Estado Islâmico na Europa.

Só nos sete primeiros meses de 2017 já houve 36 operações de segurança, com 51 suspeitos de terrorismo detidos. O mesmo número de todo o ano anterior.

O incremento nas ações policiais foi acompanhado pela reforma do Código Penal. Novos delitos foram incluídos, como financiamento de facções radicais, e aumentaram as penas para os condenados por terrorismo.

O nível de alerta do país está hoje em 4 em uma escala que vai até o 5. Isso significa que o governo crê haver um alto risco de ataque.

O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, se reuniu nesse sábado em um comitê de combate ao terrorismo para decidir se eleva o valor desse alerta.

A tendência é mantê-lo como está. Os próximos dias de investigação devem apontar se, apesar do histórico positivo, houve falhas no aparato de segurança espanhol.

Preocupa, por exemplo, que militantes tenham acumulado tanques de gás. Não fosse a explosão da casa em que se reuniam, eles poderiam ter levado adiante o plano de ataque a bomba em Barcelona.

Outra crítica é feita à prefeita de Barcelona, Ada Colau, que decidiu não erguer obstáculos para interromper a passagem de carros em áreas como as Ramblas. O governo fez essa recomendação, mas ela preferiu aumentar a presença policial.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Homem é preso depois de atear fogo a um hotel e dar tiros no Centro de Porto Alegre
O motivo da proliferação de partidos é apropriar-se do dinheiro público
https://www.osul.com.br/os-ataques-em-barcelona-aconteceram-em-um-momento-em-que-capital-catala-morre-de-exito/ Os ataques em Barcelona aconteceram em um momento em que a capital catalã vive total êxito 2017-08-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar