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Brasil Os brutos também amam: saiba como Eduardo Cunha se apaixonou

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Segundo os procuradores, Cláudia se beneficiou de dinheiro de propina que Cunha recebeu por negócios da Petrobras na África. (Foto: Reprodução)

Nos anos 1990, Cláudia Cruz, 48 anos, era a dona da voz da linha de 102 (que informava endereços de assinantes) da antiga Telerj (a empresa de telefonia do Rio de Janeiro). A ideia partiu de Eduardo Cunha, 57, então presidente da companhia – designado pelo ex-presidente Fernando Collor – e agora no comando da Câmara dos Deputados, que se encantara pela jovem loira, após uma entrevista. A relação entre o casal começava ali. “Ele é meu e eu o amo”, escreveu ela recentemente em uma rede social.

Em 1997, ao exibir sua intimidade, Cláudia apareceu ao lado das duas filhas – a mais nova do relacionamento com Cunha – para a mensagem de fim de ano da Rede Globo, onde era uma das apresentadoras do telejornalismo: “o futuro já começou”. Quase 18 anos depois, a mulher do parlamentar volta a ter a vida mostrada na TV. A nova aparição, porém, pode representar o começo de uma história capaz de levá-la junto com o marido e uma das enteadas ao banco dos réus do STF (Supremo Tribunal Federal) por lavagem e evasão de divisas.

Desde que surgiu a primeira denúncia envolvendo Cunha com propina na Operação Lava-Jato, os investigadores apostavam na suspeita de que o parlamentar usava a família para esconder os ganhos ilegais. A descoberta de que Cláudia era a titular de uma das contas de Cunha na Suíça provou que eles estavam certos. Cerca de 9,6 milhões de reais foram bloqueados no exterior. Por decisão do STF, o dinheiro será transferido para o Brasil para uma conta judicial.

O patrimônio de Cunha proporciona uma vida de luxo. Cláudia pagou, por exemplo, 59,7 mil dólares por aulas de tênis no centro de treinamento do ex-tenista Nick Bollettieri, na Flórida (EUA), referência mundial do esporte. Uma frota de carros de luxo também foi identificada como do casal.

O inquérito acabou interrompendo a alegre agenda de primeira-dama da Câmara, expressa pelos sorrisos de Cláudia e comentários divulgados pela própria, nas redes sociais, sobre a experiência de viajar com o marido em missões oficiais mundo afora.

Cláudia é a segunda mulher de Cunha. No primeiro casamento, com Cristina Bastos Dytz, o deputado teve três filhos: Danielle, publicitária e apontada como uma das beneficiárias das contas na Suíça, Camilla e Felipe. Com a jornalista, ele teve Bárbara, conhecida como Babu.

Após a união, da antiga profissão de Cláudia, restou a sociedade com o marido na C3 Produções Artística e Jornalística, alvo da Lava-Jato. Ela também é sócia na loja de decoração Evandro Júnior, do amigo de mesmo nome que conheceu há mais de 30 anos. Mas hoje é conhecida nas rodas sociais por apreciar bons vinhos e alta gastronomia e acompanhar as tendências de moda com roupas de grife. Em 2011, o casal foi visto, em Paris (França), no restaurante La Tour D’Argent, um dos mais caros do mundo.

O gosto pela gastronomia de Cláudia é compensado por malhação na Companhia Atlética, academia de emergentes da Barra (Rio), onde chegava a bordo de um Porsche Cayenne prata. Ela é conhecida pelo guarda-roupas impecável e caro e pelas formas do corpo. Magra, perdeu peso após descobrir uma alergia a glúten. Ao contrário de Cunha, cuidadoso em esconder a vida pessoal do casal, Cláudia gosta de divulgar fotos da família e de aparições em colunas sociais. Admiradora de artes plásticas, também frequenta eventos de moda e encontros de mulheres ricas. (AG)

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https://www.osul.com.br/os-brutos-tambem-amam-saiba-como-eduardo-cunha-se-apaixonou/ Os brutos também amam: saiba como Eduardo Cunha se apaixonou 2015-10-27
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